Sociedade Filarmónica de Santo Estêvão celebrou 51 anos com novo maestro em palco
A Sociedade Filarmónica de Santo Estêvão comemorou 51 anos de história com um concerto que marcou a estreia do maestro Luís Leite. A celebração, que uniu gerações de músicos, assinalou um novo ciclo de esperança e continuidade na colectividade.
A música soou em tom de celebração na noite de 25 de Outubro, quando a Sociedade Filarmónica de Santo Estêvão (SFSE) assinalou o 51.º aniversário com um concerto especial na sede da colectividade. O evento marcou também a estreia do novo maestro, Luís Leite, que subiu pela primeira vez ao palco à frente da banda, num alinhamento pensado para homenagear a história e projectar o futuro da instituição.
Antes da actuação principal, foi a vez da banda juvenil abrir o espectáculo, num gesto simbólico de passagem de testemunho. Actualmente com 33 elementos, a SFSE enfrenta o desafio de reter jovens músicos que partem para outras terras em busca de formação superior, mas a direcção garante que o espírito de formação e continuidade permanece intacto.
Durante o concerto, a colectividade recebeu dois novos instrumentos de sopro, um saxofone alto e um clarinete, doados por uma equipa de pólo local. “Temos de nos reinventar e não baixar os braços”, afirmou António José Silva, presidente da Sociedade Filarmónica de Santo Estêvão desde 2020 e músico da casa desde os nove anos. “O maior desafio tem sido conseguir que os jovens não se afastem quando vão para a universidade. Só no último ano perdemos cerca de 12 ou 13 músicos. Mesmo assim, continuamos empenhados e optimistas”, diz.
O maestro Luís Leite, de 30 anos, natural de Penafiel e residente nos Foros de Salvaterra, assumiu a direcção artística da banda em Setembro, após ter vencido um concurso interno. “Encontrei uma banda muito jovem, com vontade de crescer e aprender. É fundamental atrair novos alunos para a escola de música, porque é daí que virá a sustentabilidade do grupo”, explica.
No concerto de estreia, Luís Leite conduziu o público por uma viagem sonora que começou com Illumination, de David Maslanka, seguiu com Libertango, de Astor Piazzolla, e terminou com o medley Space Trip, do compositor português Tiago Martins.
Para além da celebração do aniversário, a filarmónica prepara-se para integrar a Temporada da Música 2025, promovida pela Câmara de Benavente. “Será um projecto completamente fora da caixa”, adiantou António Silva. No dia 16 de Novembro, no Centro Cultural de Samora Correia, a banda vai convidar o artista António Bastos para um espectáculo de fusão entre tradição e criatividade, adiantou.


