Apresentação de livro de Ana Mota encheu Fundação Saramago na Azinhaga e contou com presença de Pilar del Río
Ana Mota, escritora natural da Azinhaga, lançou o seu primeiro livro, intitulado “Às Dez Atrás da Igreja – Histórias Reais e Outras Inventadas sobre a Azinhaga”.
A Fundação José Saramago, na Azinhaga, foi pequena demais para acolher todos os que quiseram assistir, no passado dia 25 de Outubro, à apresentação do “Às Dez Atrás da Igreja – Histórias Reais e Outras Inventadas sobre a Azinhaga”, o primeiro livro de Ana Mota. O evento, apresentado por José Miguel Noras, contou com a presença de Pilar del Río, presidente da Fundação e autora do prefácio, e de Mário Centeno, antigo Ministro das Finanças e ex-Governador do Banco de Portugal.
A sala lotou, com centenas de pessoas de pé, num ambiente de emoção e de descoberta literária. A autora agradeceu “a generosidade e o afecto com que o público recebeu um livro que é sobre a Azinhaga, sim, mas também sobre todos os lugares onde se reconhece a memória e a pertença.” A edição da obra foi da Junta de Freguesia da Azinhaga, representada pelo presidente Vítor Guia, que destacou o orgulho em apoiar “uma voz literária que honra a aldeia, mas que fala ao mundo inteiro”. Durante a tarde, foram vendidos e autografados centenas de exemplares, estando o livro disponível na junta de freguesia ou mediante contacto telefónico directo.
Pilar del Río escreve no prefácio do livro que “é verdade que as sombras continuam as mesmas, mas outras formas de narrar devem seguir contando o tempo da Azinhaga, e assim a briosa jovem pegou o seu caderno ou o seu computador e fez-nos, às suas leitoras e leitores, habitantes da mais bela Azinhaga, esta que hoje se nos oferece num livro que é um encontro literário. Assim são os escritores, heróis nacionais por antonomásia, gente que vale por toda uma geração (...) Obrigada, Ana, fizeste-o bem. Colocarei o teu Às Dez Atrás da Igreja junto a As Pequenas Memórias de José Saramago e saberei, ao vê-los, que ambos sustêm o mundo, o mundo em que quero habitar sempre, porque é feito de verdade.”
“Às Dez Atrás da Igreja” é uma obra que parte da Azinhaga — terra natal de José Saramago e da autora — para falar do universal da condição humana. Entre o real e o imaginado, Ana Mota constrói retratos emocionais, poéticos e profundamente literários, onde as pequenas histórias de uma aldeia se transformam em grandes metáforas sobre o tempo e a memória. “Às Dez Atrás da Igreja” é o seu primeiro livro, uma estreia literária que conjuga delicadeza, humor, ironia e uma rara sensibilidade poética.


