Cultura | 14-11-2025 07:00

Golegã investe 600 mil euros na Feira do Cavalo e quer conquistar estatuto de património imaterial

Golegã investe 600 mil euros na Feira do Cavalo e quer conquistar estatuto de património imaterial
Coração da feira é inteiramente dedicado ao cavalo - foto O MIRANTE

Está a decorrer até 16 de Novembro um dos maiores certames da região ribatejana e do país. Primeiro fim-de-semana da Feira Nacional do Cavalo na Golegã contou com dezenas de milhares de visitantes.

A edição deste ano da Feira Nacional do Cavalo da Golegã, que começou na sexta-feira, 7 de Novembro, representa um investimento superior a 600 mil euros, sendo marcada por homenagens a figuras da equitação portuguesa e pela candidatura a Património Cultural Imaterial. Em declarações à Lusa, o presidente da Câmara Municipal da Golegã, António Camilo, explicou que o investimento directo na organização ronda os 400 mil euros, a que se somam mais de 200 mil euros em apoio logístico, nomeadamente cedência de espaços, montagem de infra-estruturas, equipamentos e segurança.
“É uma estimativa que envolve também os recursos humanos da autarquia, que têm um papel essencial na realização da feira”, sublinhou. Organizada em parceria com a Federação Nacional de Equitação, presidida também por António Camilo, a feira decorre até domingo, 16 de Novembro, e mantém-se como um dos principais eventos equestres do país, atraindo cerca de um milhão de visitantes à vila ribatejana. A programação da Feira Nacional do Cavalo da Golegã inclui dezenas de actividades e competições equestres, culturais e desportivas, distribuídas ao longo de 10 dias, com destaque para provas nacionais e internacionais, espectáculos e homenagens. Entre os destaques da edição de 2025 está a apresentação da candidatura da Feira da Golegã ao Inventário Nacional do Património Cultural Imaterial, iniciativa que visa reconhecer oficialmente “o valor histórico e cultural do certame”, referiu o autarca. A feira presta ainda homenagem ao cavaleiro Luís Miguel da Veiga, pelos seus 59 anos de alternativa, e ao mestre Nuno Oliveira, considerado uma referência da arte equestre e embaixador do cavalo lusitano.
Este ano, a zona de restauração foi reorganizada, com a área de ‘street food’ deslocada para fora do núcleo central, que passa a estar exclusivamente dedicado às actividades equestres. “Queremos que o coração da feira seja inteiramente dedicado ao cavalo”, justificou. O programa contempla todas as disciplinas hípicas praticadas em Portugal, com especial destaque para a equitação de trabalho, modalidade que teve origem na Golegã no final da década de 1990. A vila acolhe este ano o Campeonato Nacional e a Taça de Portugal da disciplina.
Segundo o presidente da câmara, o impacto económico da feira é “significativo”, com reflexos directos na restauração, comércio e alojamento local, não só na Golegã como nos concelhos vizinhos. “O retorno é cada vez maior e extravasa os limites geográficos do município. Há pessoas que acabam por ter de pernoitar em concelhos vizinhos e até em Leiria, o que mostra bem a dimensão que este evento atingiu”, afirmou António Camilo.
No âmbito da Feira Nacional do Cavalo, a Guarda Nacional Republicana (GNR), através do Comando Territorial de Santarém, vai realizar uma operação de segurança até 17 de Novembro, na Golegã e zona envolvente, com o objectivo de garantir “a segurança e a tranquilidade pública de todos os visitantes, entidades e habitantes locais, bem como o controlo e fluidez rodoviária”, lê-se num comunicado.

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