Cultura | 16-08-2022 10:00

Andrea Verdugo quer conquistar os palcos nacionais

Andrea Verdugo lançou este ano o seu primeiro single. fotoDR

Para Andrea Verdugo, 29 anos, a música é como o ar que respira. Cresceu em Alhandra e começou cedo a gostar das pautas musicais quando ia aos karaokes com o pai, em pequena. A paixão pela música sempre esteve presente na sua vida e está-lhe no sangue. A família está ligada ao mundo da música…

Para Andrea Verdugo, 29 anos, a música é como o ar que respira. Cresceu em Alhandra e começou cedo a gostar das pautas musicais quando ia aos karaokes com o pai, em pequena. A paixão pela música sempre esteve presente na sua vida e está-lhe no sangue. A família está ligada ao mundo da música há gerações, os seus avós conheceram-se numa banda de baile e o pai toca guitarra numa banda de metal.
Andrea Verdugo é um rosto conhecido do concelho de Vila Franca de Xira e deu nas vistas, também, na última sessão solene do 25 de Abril promovido pela Assembleia Municipal de Vila Franca de Xira, onde cantou o hino nacional e o tema “Grândola Vila Morena” juntamente com Oti Fortes. A artista lançou este ano o single “Licor”, tema que diz ser o seu bebé. “É maravilhoso tê-lo cá fora. Aguardei muito tempo pelo momento perfeito para o lançar mas percebi que isso não existe. É óptimo estar disponível para todos desfrutarem”, confessa.
Já passou por vários palcos mas garante que aquele que guarda mais próximo do coração é o do Colete Encarnado, considerando memorável o concerto que deu com a banda Grifo na última edição da grande festa de Vila Franca de Xira. “A actuação mais marcante foi a do Colete Encarnado. O concerto foi no palco principal para milhares de pessoas e receberam-nos tão bem”, recorda.
Durante a pandemia diz ter sido uma privilegiada, pois esteve sempre a trabalhar. “Tenho consciência que para a maioria isso não aconteceu”, admite. Para Andrea Verdugo a melhor maneira de ouvir música é com o som bastante alto e o seu top três das plataformas de streaming é ocupado por artistas como Dino D’Santiago, Jorja Smith e Tom Misch. Tem como referência no mundo da música nacional a artista Cláudia Pascoal e a nível internacional Beyoncé.
A cantora compõe as suas músicas em parceria com João Serra e sonha actuar no Coliseu de Lisboa. “Formamos uma grande equipa. Eu gosto de escrever sobre o que vejo e o que sinto, por isso, posso dizer que cada música minha é algo autobiográfico. Conseguir um concerto no coliseu é a afirmação para qualquer artista português”, explica.

Destemida, impulsiva e sonhadora
Não tem ligação à religião mas gosta de acreditar que existe algo maior do que nós. Descreve-se como destemida, impulsiva e sonhadora e conta que no pouco tempo livre gosta de praticar muay thai. Foi na escola que percebeu que tinha um dom para cantar, quando os amigos não paravam de lhe pedir para cantar nos intervalos. “Eu era extremamente envergonhada e escondia-me sempre. Mas houve um dia que me perguntei a mim mesma o porquê de eles insistirem, porque se eu cantasse mal não o fariam”, brinca.
Apesar desse dom foi há pouco tempo que Andrea decidiu dedicar-se em pleno à música. “Até então tinha sido algo que foi oscilando na minha vida, mas também por me ter dedicado muito à minha formação e ao trabalho na área da televisão, do teatro e do cinema, decidi avançar. A música sempre foi algo que preciso, mas nunca tinha ganho um papel principal, só este ano é que assumi realmente tomar as rédeas da minha carreira musical”, conta a O MIRANTE.
A primeira vez que actuou em público foi horrível, lembra, por causa da sua vergonha extrema, que chegou ao ponto dos restantes membros da banda usarem chapéu e óculos de sol para que Andrea não se sentisse sozinha e envergonhada. Desde então muito aconteceu e não faltam aventuras. Já se esqueceu das letras em palco e um dia, num concerto no Ateneu Vilafranquense, bateu com a cabeça numa parece e subiu ao palco a sangrar. “O problema é que não percebi que a tinha partido e entrei no palco. Quando dei por mim estava a sangrar da cabeça em frente a toda a gente, saí a correr mas consegui recompor-me e voltar para terminar o concerto”, recorda.

O empurrão da televisão

Em 2016 Andrea Verdugo saltou do anonimato através de uma marcante participação no programa televisivo de talentos “The Voice Portugal”, onde chegou às semi-finais. Revela ter sido um projecto muito intenso mas também uma experiência para a vida, onde recorda em especial os momentos que partilhou com a sua avó durante todas as fases do programa. “A minha avó foi a minha fã número 1 e esteve sempre lá comigo; por isso dessa altura são as memórias mais especiais que tenho”, confessa. Em homenagem à avó, escreveu o tema “Varanda do meu quarto”, música que diz ser a mais difícil de cantar. Andrea Verdugo confessa que seguir profissionalmente a música em Portugal não é fácil e quase roça a utopia. Acrescenta, também, que algo que a surpreendeu e desiludiu é que muitas vezes o mundo da música se baseia mais em egos e não tanto na música e na qualidade do que é produzido.

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