Celeiro da Companhia das Lezírias vai ser transformado no Museu de Samora Correia
Projecto vai ser desenhado pela Câmara de Benavente que também vai gerir o museu. Antigo edifício faz parte da identidade da cidade.
O antigo celeiro da Companhia das Lezírias, situado no Largo do Calvário, no centro da cidade de Samora Correia, vai ser transformado num museu dedicado às tradições, usos e costumes da maior freguesia do concelho de Benavente, confirmou a O MIRANTE o presidente do município, Carlos Coutinho.
A Câmara de Benavente e a Companhia das Lezírias, empresa pública do sector agro-pecuário que é dona do edifício, encontraram um modelo que vai permitir a requalificação e reconversão do antigo celeiro em museu depois de terem tentado uma parceria no passado, com o mesmo objectivo, que não resultou. Agora, através de um contrato de comodato, pelo período de 30 anos, já assinado pelas duas entidades, o município de Benavente vai poder realizar as obras necessárias para a reconversão do celeiro em museu e ficar a gerir o espaço.
Os planos passam para já por desenhar um projecto estando para isso aberta uma rubrica no orçamento da Câmara de Benavente cujo valor se fixa entre os 50 e os 60 mil euros, disse ao nosso jornal o autarca da CDU, acrescentando que todo o investimento ficará a cargo do município existindo a “expectativa” de aceder a fundos comunitários. O acordo prevê um máximo de três anos para o início da execução da obra.
Reconhecendo o simbolismo do edifício para a comunidade, Carlos Coutinho referiu ainda que este projecto de âmbito cultural e turístico é um anseio antigo da população que vai finalmente concretizar-se. Também o presidente da Junta de Samora Correia, Augusto Marques, se mostrou satisfeito com o avanço para a requalificação de um espaço que faz parte da identidade da cidade. “Ter um museu onde estejam representados os nossos costumes e tradições é uma ambição muito antiga da freguesia. A Companhia das Lezírias já foi a maior empregadora de Samora Correia”, sublinhou o autarca, acrescentando que neste espaço ficará retratada a figura do campino, os trabalhos ligados ao campo e à lide de toiros.
A O MIRANTE o presidente do conselho de administração da Companhia das Lezírias, António de Sousa, diz reconhecer ao projecto museológico interesse municipal encarando-o como uma “oportunidade para uma maior interacção com a comunidade, dando mais visibilidade ao seu vasto património promovendo os seus produtos, cultura e história, tudo enquadrado na política de responsabilidade social” da empresa.