Equipa do Museu de Vila Franca de Xira teve de se reinventar
A conservação e divulgação do passado e o respeito pela memória das pessoas que dele fizeram parte são uma pequena parte do trabalho que a equipa técnica e de curadoria do Museu Municipal de Vila Franca de Xira faz diariamente.
A equipa técnica e de curadoria do Museu Municipal de Vila Franca de Xira foi obrigada a reinventar-se e a aprender novas estratégias para conseguir chegar a todos os visitantes que, por causa da pandemia, têm tido menos disponibilidade para visitar o museu presencialmente.
O MIRANTE reuniu com os técnicos à margem de uma reportagem no âmbito dos 70 anos da Ponte Marechal Carmona, para ficar a conhecer os “guardadores de memórias” de um espaço, fundado em 1951, que tem como principal objectivo “testemunhar as comunidades do território de ontem e de hoje nas suas diferentes realidades”.
Idalina Mesquita, 58 anos, é técnica superior e trabalha para o município há mais de três décadas. Ao longo do seu percurso profissional realizou vários trabalhos de curadoria, mas o que mais a marcou foi a exposição, em 2019, sobre as cheias de 1967, um desastre natural que vitimou cerca de 700 pessoas. A organização da exposição teve uma carga emocional muito pesada, sobretudo durante o processo de investigação, que implicou um trabalho documental muito cuidado e a recolha de testemunhos de muitos residentes que partilharam as suas histórias e dos seus familiares.