Pedala que se farta para conciliar profissão e ciclismo
Aos 36 anos sagrou-se campeão nacional de rampa no seu escalão etário e tão cedo não pensa deixar as bicicletas.
Nasceu há 36 anos na Ota (Alenquer) e aos 14 anos começou no BTT, ciclismo todo-o-terreno onde foi campeão nacional em 1999. Aos 23 anos Paulo Simões decidiu parar e ficou arredado das duas rodas durante sete anos. Organizou a sua vida, foi viver para Pontével (Cartaxo) onde continua a residir. Aos 30 anos regressou à bicicleta e a 1 de Outubro sagrou-se campeão nacional de rampa na categoria masters 30. Agora quer defender o título e continuar a pedalar.
Poucos dias depois de se sagrar campeão nacional de rampa em Palmela, Paulo Simões conseguiu um novo emprego numa fábrica de Azambuja. O ciclista esteve seis meses desempregado e procurava um trabalho compatível com o desporto, embora tenha terminado recentemente um curso de nutrição e dietética. "Com este emprego, das 16h00 às 23h00, consigo conciliar tudo", diz.
Foi na terra natal que Paulo Simões se tornou um entusiasta do ciclismo. Aos 14 anos entrou no BTT. Aos 17-18 anos representou a fábrica de bicicletas Marin de Cascais e sagrou-se campeão nacional de BTT em 1999, o que lhe permitiu representar a selecção portuguesa em taças do mundo e num campeonato europeu. "Não fiz grandes resultados mas foram experiências muito boas para um miúdo", conta.
Com 23 anos Paulo Simões, que até então tinha sido profissional das duas rodas, decidiu parar. "Via os meus colegas na noite a divertirem-se e olhava para mim a treinar, a fazer provas e a dormir muito cedo _ era muito rigoroso", afirma. A paragem estendeu-se por sete anos, período em que o atleta organizou a sua vida, trabalhou numa fábrica de móveis na Ota, casou, teve uma filha e foi morar para Pontével (Cartaxo), de onde a sua esposa é natural.
* Entrevista completa na edição semanal de O MIRANTE.