Desporto | 08-01-2023 12:00

Vilafranquense voltou a ter basquetebol sénior e luta pela subida

Vilafranquense voltou a ter basquetebol sénior e luta pela subida
Equipa sénior ressuscitou há quatro anos no Vilafranquense e já está a lutar pela subida de divisão

Basquetebol sénior masculino do União Desportiva Vilafranquense quer dar uma prenda à cidade subindo de divisão e consolidar o regresso aproveitando o trabalho desenvolvido nos escalões de formação do clube, onde jogam 115 atletas.

Depois de três anos de luta - dois deles marcados por lesões e restrições da pandemia - a equipa sénior de basquetebol do União Desportiva Vilafranquense (UDV) está a disputar o CNB2 (o equivalente a uma liga três nacional) e já sonha com a subida de divisão. A equipa tem dado cartas este ano e estado numa luta renhida com o Sporting e o Odivelas pelo acesso às eliminatórias de subida. A equipa luta para dar esse prémio à cidade e Rui Silva, coordenador da secção de basquetebol do UDV e treinador da equipa de seniores, diz a O MIRANTE que o objectivo é alcançável.
Há mais de uma década que o clube ribatejano não tinha seniores de basquetebol. “Criámos a equipa no final de 2019 mas se pensarmos que os dois últimos anos foram de pandemia praticamente é como se a tivéssemos criado a sério este ano”, diz o responsável, que está no projecto do basquetebol do UDV desde 2006. Já na altura o objectivo era apostar na formação como base para criar e alimentar uma equipa sénior. “A nossa ambição é promover o desporto e a equipa sénior é importante para os miúdos da formação terem um objectivo”, explica. O trabalho tem dado frutos e o basquetebol é hoje a modalidade com mais atletas no clube: 115 praticantes em todos os escalões, incluindo femininos.
A equipa de seniores é composta por 19 atletas e apenas dois não são do concelho. “Queremos projectar o futuro a longo prazo. O trabalho e dedicação constantes são o cimento da equipa. Queremos que sejam um exemplo para os atletas mais novos e é isso que lhes exijo”, explica. O UDV, recorde-se, já esteve na primeira divisão e chegou a ser vice-campeão da segunda divisão. Mas o pagamento aos atletas profissionais e o impedimento dos atletas da casa poderem competir acabou por levar ao fim da equipa sénior. Por isso, desta vez, os seniores do UDV são a prata da casa: atletas que já passaram por outros clubes ou estavam parados há algum tempo e que voltaram ao pavilhão que os viu nascer.

Do Benfica para VFX
O capitão da equipa é André Firmino, que aprendeu basquetebol no UDV, esteve seis anos no Benfica, onde ganhou tudo o que havia para conquistar, e ainda passou pelo Queluz. O engenheiro informático foi dos primeiros a voltar ao UDV quando soube que a equipa ia avançar com o escalão de seniores novamente. “Poder jogar pelo clube onde comecei e por ser de Vila Franca de Xira deu-me vontade de entrar e fazer parte, pelos valores passados e a ideia do projecto. As coisas estão bem encaminhadas mas temos os pés bem assentes na terra. É jogo a jogo”, conta.
A falta de tempo de treino no pavilhão principal é uma das queixas que a secção deixa ao presidente da comissão administrativa do clube. “Apesar de termos boas condições de treino temos apenas uma hora e meia de treino por semana no pavilhão principal. Para uma modalidade em que a referência do alvo é o cesto isso é muito penalizador. Quando estamos a jogar em casa quase sentimos que estamos a jogar fora”, lamenta Rui Silva. O treinador está ligado à modalidade desde os oito anos por influência do pai, Fernando Silva, que foi o fundador do basquetebol no clube. O técnico já leva 30 épocas no papel de treinador e o treino da táctica ofensiva é o que mais o fascina.

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