Desporto | 09-04-2023 07:00

Na Granja de Vialonga os problemas da vida resolvem-se a dançar

Na Granja de Vialonga os problemas da vida resolvem-se a dançar

Há quatro anos que a secção de danças afrolatinas da Sociedade Recreativa da Granja meteu a pequena aldeia mais a sul do concelho de Vila Franca de Xira a dar ao pé. Mais do que aprender a dançar o espaço é um importante meio de convívio e de socialização que quer devolver à comunidade o tempo de partilha que a pandemia nos roubou.

Conhecer pessoas novas, praticar desporto e sociabilizar são os principais objectivos da secção de danças afrolatinas da Sociedade Recreativa da Granja (SRG) que, há quatro anos, meteu a pequena aldeia de Vialonga a dar ao pé e que tem sido um inesperado sucesso.

Ali não há a vertente competitiva e por isso não se participa em campeonatos. O que conta é apenas a dança social, ou seja, quem baila por prazer: ou para aprender ou apenas por gostar de mexer o corpo. E quem dança os seus males espanta, garantem os professores Rui Gonçalves e Alexandra Rodrigues que ali ensinam a dançar salsa, bachata, kizomba, merengue e semba. A secção tem hoje duas dezenas de praticantes e os números têm vindo a crescer, sinal de que a população já sente necessidade de sair de casa e conviver depois da pandemia.

“A mais valia da dança é sociabilizar. Conhecer e falar com outras pessoas. A dança social tem uma vertente lúdica muito importante embora também tenha benefícios físicos como a estimulação psicológica e a criação de novas ligações neuronais por obrigar ao processamento do som com a coordenação muscular e de movimentos”, explica Rui Gonçalves a O MIRANTE. Engenheiro numa empresa de consultadoria, o professor diz que acima de tudo a dança é um excelente veículo para aliviar o stress. Confessa ter sido um rapaz acanhado que começou a dançar na faculdade em 1998 e que nunca mais largou esse passatempo. A dança está na moda e numa aldeia como a Granja, a localidade mais a sul do concelho de Vila Franca de Xira, o seu papel social é determinante. “As pessoas chegam receosas porque não sabem dançar. Há pés de chumbo, pessoas com dois pés esquerdos e pernas de pau mas aqui todos se transformam”, brinca o responsável.


* Notícia desenvolvida na edição semanal de O MIRANTE

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