Desporto | 15-08-2023 18:00

Sucesso do triatlo do Alhandra Sporting Club também se faz no feminino

Sucesso do triatlo do Alhandra Sporting Club também se faz no feminino
Ana Filipa Ferreira diz que o triatlo do ASC tem todas as condições para se continuar a afirmar a nível nacional

Ana Filipa Ferreira é atleta de triatlo e uma apaixonada pela modalidade.

A O MIRANTE diz que Alhandra tem condições únicas para ser a capital nacional do triatlo, assim houvesse mais apoios ao Alhandra Sporting Club. Foi das primeiras atletas a incorporar a secção de triatlo, vestiu as cores da selecção nacional e hoje, com 33 anos, é a treinadora das camadas jovens.

A vila de Alhandra tem todo o potencial para ser a capital do triatlo em Portugal. E para que isso aconteça o clube da terra, o Alhandra Sporting Club (ASC), só precisa de ter maiores apoios para que os seus atletas continuem a somar títulos. A convicção é de Ana Filipa Ferreira, 33 anos, atleta do clube e treinadora das camadas jovens da secção de triatlo do ASC.
Com 33 anos e natural de Vila Franca de Xira, a atleta e treinadora tem deixado a sua marca no palmarés desportivo do ASC e tem poucas dúvidas sobre as virtudes de Alhandra e dos talentos da região para a modalidade de triatlo (corrida, natação e bicicleta). “Para crescermos precisamos de maiores apoios. Perdemos a gestão da piscina de Alhandra para a câmara municipal e isso veio dificultar as coisas, porque temos de pagar o aluguer das pistas e isso não é barato, mesmo com o desconto que a câmara dá”, lamenta.
Desde os primeiros anos de vida que Ana Ferreira esteve imersa no universo desportivo graças ao exemplo do pai, José Luís Ferreira, que era apaixonado pelo desporto e chegou a ocupar a presidência da Federação Portuguesa de Triatlo. É hoje presidente do Ateneu Artístico Vilafranquense. Foi aos 13 anos que a chama do triatlo se acendeu e logo com um início de carreira promissor. Competir tornou-se uma paixão e rapidamente se destacou no cenário nacional. Foi campeã nacional e vestiu por várias vezes a camisola da selecção nacional.
O seu melhor resultado num campeonato do mundo foi o 22º lugar entre centenas de atletas. “Vesti a camisola da selecção pela primeira vez num campeonato da europa em 2005. Foi uma experiência única. Intimidou-me, fui atirada aos leões, como se costuma dizer. Aconteceu tudo muito depressa. Quando dei por mim estava ali a ver o João Silva e a Vanessa Fernandes na comitiva”, recorda.
Aos 19 anos, ao ingressar na faculdade para estudar Fisioterapia, viu-se obrigada a tomar uma decisão. Pausou a carreira competitiva e mais tarde acabou por ser mãe. No entanto a paixão pelo triatlo permaneceu intensa e o desporto continuou a fazer parte da sua vida, agora no papel de treinadora.

Uma das fundadoras
Ao longo dos anos, Ana Filipa Ferreira testemunhou o crescimento e desenvolvimento do triatlo no ASC. Foi uma das primeiras atletas, quando a secção de triatlo foi criada no clube pelo pai juntamente com Nelson Gomes, Duarte Ponte e Jorge Leitão, que é hoje o presidente do ASC. Actualmente tem à sua responsabilidade 35 jovens atletas. A secção de triatlo tem perto de uma centena de atletas.
Ana Filipa acredita que é importante proporcionar aos jovens uma base sólida e ajudá-los a desenvolver o gosto pela modalidade desde cedo, desmistificando a ideia de que o triatlo é um desporto fisicamente muito violento ou exigente. “Não é um desporto tão exigente como muitos podem imaginar mas sim uma actividade física gratificante, que permite às crianças e adultos adquirirem valores fundamentais para a vida”, explica.
A chegada da maternidade trouxe novos desafios para Ana Filipa, que tem sido uma fonte de inspiração para muitas mulheres que desejam conciliar a vida familiar com o desporto. Apesar das responsabilidades como mãe, continua a tentar treinar todos os dias por sentir que o desporto é um escape para os problemas e desafios do dia-a-dia.
O clube sonha crescer ainda mais e afirmar-se no triatlo em Portugal. Ana Filipa Ferreira acredita que o futuro da modalidade e do ASC é promissor. O segredo para os bons resultados é o trabalho e o empenho nos treinos. E para chegar à alta competição, avisa, é preciso fazer muitos sacrifícios. Incluindo a nível pessoal. O clube está agora a discutir o segundo lugar do campeonato nacional feminino. O ASC foi vice-campeão nacional do campeonato nacional jovem e vai disputar o campeonato da Europa de clubes em Setembro. A época termina em Outubro.

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