Desporto | 19-08-2023 07:00

Tiro com Arco da Casa do Benfica do Entroncamento é uma modalidade em crescimento

Tiro com Arco da Casa do Benfica do Entroncamento é uma modalidade em crescimento
Secção de tiro com arco e besta nasceu há cinco anos na Casa do Benfica do Entroncamento

A secção de tiro com arco e besta da Casa do Benfica do Entroncamento conta com duas dezenas de atletas e participa em quatro provas nacionais da Federação de Arqueiros e Besteiros de Portugal. Atrair os mais jovens para a modalidade é um dos propósitos da direcção da associação.

A Casa do Benfica do Entroncamento criou, há cerca de cinco anos, uma secção de tiro com arco e besta, juntando a modalidade a um leque de outros desportos. Joaquim Silva, director de modalidades da associação e responsável pela secção, iniciou-se como coordenador e costumava acompanhar os treinos. A O MIRANTE revela que nunca tinha praticado tiro com arco até ao dia em que, por curiosidade, decidiu experimentar e desde então nunca mais parou. O gosto pela modalidade, explica, surge pelo facto de lhe transmitir muita tranquilidade, ao contrário de outros desportos que praticou ao longo do seu crescimento, como o atletismo e ping-pong.
A secção tem cerca de duas dezenas de atletas, com idades compreendidas entre os nove e os 60 anos. É filiada da Federação de Arqueiros e Besteiros de Portugal (FABP) e participa nas quatros provas nacionais que a federação desenvolve, nomeadamente os campeonatos de sala, de campo e de caça e a rota dos castelos, que é uma prova realizada nos vários castelos do país com elementos alusivos à época medieval, desde os trajes dos participantes, aos cenários e alvos. Joaquim Silva afirma que os objectivos presentes e futuros da secção passam por continuar a promover a modalidade e trazer mais provas para o concelho do Entroncamento. O dirigente associativo conta que é importante divulgar a práctica do tiro com arco, principalmente pelos mais jovens, de forma a incentivá-los à prática de um desporto ao ar livre e em contacto com a natureza, afastando-os um pouco das tecnologias.
Sobre a adesão da população do concelho à modalidade, explica que há muita curiosidade inicial pela práctica mas que há pouca continuidade, também por ser uma modalidade exigente e dispendiosa, apesar de, conforme explica ao nosso jornal, com um investimento inicial de cerca de 100 euros dá para realizar uma época desportiva completa. Jorge Nunes é, a par de Joaquim Silva, o outro dirigente responsável pela secção e também atleta. Joaquim Silva explica que a secção subsiste através da organização de provas, que permitem angariação de receitas, das quotas dos atletas e de outros eventos realizados com o propósito de angariar fundos. Joaquim Silva afirma que a secção representa um projecto muito interessante, aliciante e diferente do que já existe no concelho que, recorda, já teve muita tradição de arqueiros e besteiros.

Há espaço para melhorar o associativismo
Numa análise ao panorama associativo do concelho, Joaquim Silva defende que os dirigentes devem ser mais respeitados pelos esforços e sacrifícios familiares e profissionais que realizam em prol das actividades em prol da população. O dirigente acredita que o associativismo no concelho pode ser mais dinâmico, referindo que existe uma sobrelotação dos espaços desportivos e que podia ser feita uma aposta nas infraestruturas desportivas. Além disso, reforça, deveria existir menos desigualdades por parte do município relativamente aos apoios a clubes e associações. Natural do Entroncamento, considera que o concelho está a crescer, mas de forma desorganizada e sem direcção.

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