Desporto | 27-08-2023 15:00

Clube de Pesca do Entroncamento quer voltar a ser referência nacional

Clube de Pesca do Entroncamento quer voltar a ser referência nacional
O vice-presidente do CAPE, José Gomes, com o secretário, Fernando Guerra

Com mais de meio século de existência e a viver uma das melhores fases após um período negro, o Clube de Pesca do Entroncamento quer promover a modalidade junto dos mais novos e voltar a ser uma referência nacional.

O Clube Amadores de Pesca do Entroncamento (CAPE), fundado a 31 de Dezembro de 1972, chegou a ser uma das grandes referências nacionais na modalidade, com um título de campeão da primeira divisão nacional e uma representação por Portugal no campeonato mundial de equipas, mas passou por um período negro que agora parece ultrapassado. O clube nunca teve uma sede própria, funcionando sempre em sítios emprestados. Há cerca de duas décadas, o CAPE atravessou o pior momento da sua existência, sem atletas, sem paradeiro, com os troféus conquistados espalhados por diferentes locais, chegando muitos deles a perder-se por ficarem irrecuperáveis devido às condições em que eram armazenados, nomeadamente em sótãos e garagens.
Em 2003 aparece no clube grande parte dos membros da actual direcção e o cenário começou a modificar-se. José Gomes, actual vice-presidente do CAPE, e Fernando Guerra, secretário do clube, explicaram a O MIRANTE como tem sido o processo e quais os objectivos para o futuro. José Gomes é natural do Entroncamento, apesar de residir em Atalaia, concelho de Vila Nova da Barquinha. Fernando Guerra, também residente em Atalaia, é professor de educação física e presidente do actual concelho técnico do clube, um órgão criado dentro da associação apenas vocacionado para a parte desportiva. Ambos aprenderam a pescar no rio Tejo.
Um dos primeiros esforços realizados pela direcção do clube foi encontrar uma sede, algo que vieram a conseguir em 2018, recorrendo a um empréstimo bancário. O vice-presidente do CAPE destaca com orgulho que, fruto da boa vontade de todos os membros e sócios, em cinco anos conseguiram pagar a totalidade do empréstimo. Com essa gaveta fechada, os objectivos passam agora pela atracção de mais jovens para a práctica da modalidade. José Gomes reconhece que existe a ideia da pesca ser uma actividade aborrecida, visão que não poderia estar mais incorrecta quando se está a falar no contexto desportivo. O clube tem actualmente 25 atletas federados no escalão sénior. O CAPE tem um incentivo em que sócios até aos 12 anos não pagam quotas e a partir dessa idade, até aos 18, pagam apenas 50% do valor da cota mensal, que é de um euro. A associação, que chegou a ter um total de 1.500 sócios, tem actualmente apenas 160 activos.
Os dois dirigentes falaram ao nosso jornal sobre as maiores dificuldades do projecto, destacando a vertente financeira e a falta de condições para a prática da pesca de competição no Entroncamento. Admitem que a questão monetária é possível combater, uma vez que existem as quotas dos sócios e provas inter-clubes realizadas pelo CAPE. A sede está aberta practicamente todos os dias, realizando-se no local vários eventos lúdicos.

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