CLAC do Entroncamento tem mais de 700 atletas e um milhar de sócios
Clube de Lazer Aventura e Competição (CLAC) é uma das associações com mais atletas e associados do concelho do Entroncamento. No dia 1 de Novembro completou 38 anos de vida e tem como objectivo para o futuro continuar a promover o desporto através de uma oferta vasta de modalidades.
José Leote é o presidente e sócio fundador número dois do Clube de Lazer Aventura e Competição (CLAC) do Entroncamento. O clube conta actualmente com mais de 700 atletas e cerca de um milhar de sócios. Um dos objectivos principais da actual direcção, que lidera os destinos da colectividade há alguns anos, é continuar a garantir diversidade na oferta de modalidades desportivas para a população. Para além das secções de natação, atletismo, ténis, orientação, pedestrianismo, ginástica e ioga, o CLAC, que celebrou o 38º aniversário a 1 de Novembro, tem ainda uma secção de desporto adaptado. Das modalidades existentes, a natação foi a primeira a ser implementada, sendo apenas antecedida pela já extinta canoagem.
Ana Guita e Tiago Silva são dois casos de sucesso da secção. Ana Guita, tem síndrome de down e é praticante de atletismo contando com vários prémios de campeã e vice-campeã nacional. Tiago Silva nasceu com várias limitações físicas, mas a sua condição nunca o impediu de praticar natação, estando actualmente no Centro de Alto Rendimento, em Rio Maior, e com resultados notáveis a nível nacional.
Manuel Martins é vice-presidente do clube, onde começou como praticante de ténis e, mais tarde, a convite de José Leote, juntou-se à direcção. António Carvalho, director do atletismo, teve um percurso semelhante. Por influência da filha, atleta no CLAC, começou a praticar e posteriormente a auxiliar nas tarefas de organização, juntando-se também à direcção. O lema “durante todo o ano, um CLAC para toda a vida” tem guiado o clube ao longo das últimas quase quatro décadas, explica José Leote. O presidente revela a O MIRANTE que uma das dificuldades actuais da colectividade é a falta de um espaço físico adequado à dimensão que o clube alcançou. O CLAC tem de recorrer a instalações municipais para todas as suas modalidades, à excepção da ginástica. Apesar dos recursos financeiros também serem um dos pontos sensíveis da gestão do clube, o presidente e vice-presidente reconhecem que o apoio da autarquia, nomeadamente com a cedência das instalações, tem sido uma grande ajuda. “O CLAC precisa de renovar o quadro dirigente, de sangue novo e gente que traga ideias novas. Não é um problema só nosso, é do associativismo em geral. Hoje em dia ninguém quer abdicar do seu tempo livre”, lamenta o dirigente.
Atletismo é das secções mais premiadas
Mário Abegão e Ana Abegão começaram a praticar atletismo na infância em várias associações do Entroncamento e Torres Novas. Ana Abegão ainda é uma das atletas veteranas do clube do Entroncamento e uma das responsáveis da secção de atletismo. Corrida em estrada, corta-mato, trilhos, triplo salto e prova de barreiras, são algumas das modalidades que integram a secção, que conta com cerca de meia centena de atletas com idades entre os sete e os 83 anos. José Canelo, de 99 anos, com quem O MIRANTE realizou uma reportagem em Setembro deste ano, é um dos nomes de maior destaque do atletismo do CLAC. Mas Manuel Maia, de 83 anos, prepara-se para seguir as suas pisadas, sendo o atleta mais velho do clube e com o record nacional, no seu escalão, na prova de 60 metros. Nos escalões de formação, Miguel Costa e Bruna Ferreira são dos atletas que melhores resultados nacionais têm alcançado. No fim de cada época, é feito um somatório do total de pontos obtido por cada atleta nas diferentes competições e o CLAC foi o segundo clube, no distrito de Santarém, com melhor pontuação global.
Além das provas desportivas organizam eventos nas épocas festivas, como o Natal e o São Martinho, e convívios antes e depois da época desportiva. O objectivo é criar relações e um ambiente familiar entre dirigentes, pais e atletas, algo que é princípio fundamental de todo o clube.