Desporto | 30-03-2024 18:00

Hóquei Clube de Santarém quer voltar a ter hóquei em patins

Hóquei Clube de Santarém quer voltar a ter hóquei em patins
Hóquei Clube de Santarém foi fundado em 2002 e espera regressar com a modalidade de hóquei em patins que se extinguiu há cerca de três anos

Hóquei Clube de Santarém, fundado em 2002, espera regressar com modalidade de hóquei em patins que se extinguiu há cerca de três anos. Captar mais sangue novo para a associação é um dos objectivos da direcção liderada por Filipe Ricardo, presidente do clube que venceu colectivamente em 2023 a taça da Associação de Patinagem do Ribatejo.

A época 2020/2021 foi a última em que houve hóquei em patins no Hóquei Clube de Santarém (HCS). O impacto da pandemia, a dificuldade em captar e o abandono de muitos atletas obrigaram a colocar um ponto final na prática de uma modalidade que está em crescimento no país. Filipe Ricardo, presidente da direcção do clube, explica que durante a pandemia abandonaram o clube cerca de 20 atletas. Em hóquei o clube teve uma equipa sénior que disputou a 3ª divisão nacional.
A ligação de Filipe Ricardo ao clube iniciou em 2012 quando a sua filha se juntou. Já foi delegado e vice-presidente até chegar ao cargo actual. É o terceiro presidente da história do clube. O clube tem todos os escalões de patinagem artística disponíveis desde iniciação passando por cadetes até aos seniores. Gustavo Assunção e Cláudia Morato são os professores enquanto João Azevedo é o coreógrafo. O clube obtém receitas através das mensalidades de cada atleta e dos apoios da Câmara Municipal de Santarém. As inscrições em provas são pagas individualmente, embora o clube comparticipe em algumas provas ao longo do ano.
O campeonato distrital, a Taça do Ribatejo, o torneio “majors”, “rollerskating” e o “meating jovem” são algumas das competições em que participa, assim como faz parte habitualmente do campo de férias da empresa Viver Santarém e tem em mãos o projecto “Toca a patinar”, que consiste em apresentar a patinagem a alunos do concelho. O dirigente considera a patinagem artística mais exigente do que o hóquei em patins por se tratar de uma modalidade individual, em que o atleta depende só de si.
O clube tem 64 atletas inscritos. De Março de 2022 a Março de 2023 houve um aumento de cerca de dez atletas. Filipe Ricardo, 45 anos, natural de Santarém, afirma que existe falta de divulgação da patinagem artística e que isso tem impacto na modalidade. “A transmissão de provas distritais e nacionais na plataforma da Federação de Patinagem de Portugal poderia ajudar a reverter a situação”, refere.

Esforço e dedicação são essenciais
Madalena Gorjão, 16 anos, natural de Santarém, pratica patinagem artística há sete anos. Compete em patinagem livre e em solo dance. O aquecimento dos atletas é feito fora do ringue onde se executam peões e saltos, explica a estudante da Escola Secundária Sá da Bandeira. O duplo salchow, que consiste em fazer um salto de duas voltas, é a manobra na qual diz sentir mais dificuldade. Para uma prova os patinadores escolhem a música e os treinadores constroem a coreografia. Com treinos cinco vezes por semana a filha de Liliana Gorjão, vice-presidente do clube, quer manter-se na patinagem mesmo quando for para o ensino superior. A disciplina e gestão do tempo são aprendizagens que tem vindo a desenvolver.
Daniela Assunção, de 23 anos, natural de Santarém, pratica patinagem artística desde os sete anos seguindo as pisadas do seu irmão e actual treinador no clube, Gustavo Assunção. A patinadora dá aulas de patinagem em Óbidos e é estudante do curso de Análises Laboratoriais na Escola Superior de Turismo e Tecnologia do Mar. Em 2018 a jovem foi campeã distrital pelo Sport Clube Desportos de Glória do Ribatejo.

Filipe Ricardo e Liliana Gorjão são, respectivamente, presidente e vicepresidente do Hóquei Clube de Santarém

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