Hóquei Clube de Santarém quer voltar a ter hóquei em patins
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Hóquei Clube de Santarém, fundado em 2002, espera regressar com modalidade de hóquei em patins que se extinguiu há cerca de três anos. Captar mais sangue novo para a associação é um dos objectivos da direcção liderada por Filipe Ricardo, presidente do clube que venceu colectivamente em 2023 a taça da Associação de Patinagem do Ribatejo.
A época 2020/2021 foi a última em que houve hóquei em patins no Hóquei Clube de Santarém (HCS). O impacto da pandemia, a dificuldade em captar e o abandono de muitos atletas obrigaram a colocar um ponto final na prática de uma modalidade que está em crescimento no país. Filipe Ricardo, presidente da direcção do clube, explica que durante a pandemia abandonaram o clube cerca de 20 atletas. Em hóquei o clube teve uma equipa sénior que disputou a 3ª divisão nacional.
A ligação de Filipe Ricardo ao clube iniciou em 2012 quando a sua filha se juntou. Já foi delegado e vice-presidente até chegar ao cargo actual. É o terceiro presidente da história do clube. O clube tem todos os escalões de patinagem artística disponíveis desde iniciação passando por cadetes até aos seniores. Gustavo Assunção e Cláudia Morato são os professores enquanto João Azevedo é o coreógrafo. O clube obtém receitas através das mensalidades de cada atleta e dos apoios da Câmara Municipal de Santarém. As inscrições em provas são pagas individualmente, embora o clube comparticipe em algumas provas ao longo do ano.
O campeonato distrital, a Taça do Ribatejo, o torneio “majors”, “rollerskating” e o “meating jovem” são algumas das competições em que participa, assim como faz parte habitualmente do campo de férias da empresa Viver Santarém e tem em mãos o projecto “Toca a patinar”, que consiste em apresentar a patinagem a alunos do concelho. O dirigente considera a patinagem artística mais exigente do que o hóquei em patins por se tratar de uma modalidade individual, em que o atleta depende só de si.
O clube tem 64 atletas inscritos. De Março de 2022 a Março de 2023 houve um aumento de cerca de dez atletas. Filipe Ricardo, 45 anos, natural de Santarém, afirma que existe falta de divulgação da patinagem artística e que isso tem impacto na modalidade. “A transmissão de provas distritais e nacionais na plataforma da Federação de Patinagem de Portugal poderia ajudar a reverter a situação”, refere.
Esforço e dedicação são essenciais
Madalena Gorjão, 16 anos, natural de Santarém, pratica patinagem artística há sete anos. Compete em patinagem livre e em solo dance. O aquecimento dos atletas é feito fora do ringue onde se executam peões e saltos, explica a estudante da Escola Secundária Sá da Bandeira. O duplo salchow, que consiste em fazer um salto de duas voltas, é a manobra na qual diz sentir mais dificuldade. Para uma prova os patinadores escolhem a música e os treinadores constroem a coreografia. Com treinos cinco vezes por semana a filha de Liliana Gorjão, vice-presidente do clube, quer manter-se na patinagem mesmo quando for para o ensino superior. A disciplina e gestão do tempo são aprendizagens que tem vindo a desenvolver.
Daniela Assunção, de 23 anos, natural de Santarém, pratica patinagem artística desde os sete anos seguindo as pisadas do seu irmão e actual treinador no clube, Gustavo Assunção. A patinadora dá aulas de patinagem em Óbidos e é estudante do curso de Análises Laboratoriais na Escola Superior de Turismo e Tecnologia do Mar. Em 2018 a jovem foi campeã distrital pelo Sport Clube Desportos de Glória do Ribatejo.
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