Arruda dos Vinhos subiu ao pódio do Red Bull Flugtag
O Red Bull Flugtag voltou a Lisboa e contou com a participação de equipas de Santarém, Azambuja, Vialonga e Arruda dos Vinhos. “Os Rolhas”, de Arruda dos Vinhos, alcançaram o segundo lugar da prova que desafia a gravidade e a imaginação. O MIRANTE esteve na Doca da Marinha e falou com as equipas.
Santarém, Azambuja, Vialonga e Arruda dos Vinhos estiveram representadas no Red Bull Flugtag Lisboa, um evento de criatividade, audácia e espírito de equipa. Arruda dos Vinhos subiu ao 2º lugar do pódio com a sua criação. “Os Rolhas”, de Arruda dos Vinhos, desenharam e executaram um moinho de vento em homenagem à Rota dos Moinhos do Oeste. A esferovite é o material de eleição da equipa desde 2006 e tem vindo a ser reaproveitado. António Duarte e Mário Carvalho, este último ex-vereador da câmara, participaram pela primeira vez com os filhos Martim e Tomás, respectivamente, de 20 anos, e com o amigo Artur Borges, engenheiro mecânico de 39 anos. Artur Borges vestiu-se de fazendeiro e guiava o amigo vestido de burro. Mário Carvalho vestiu-se de espantalho e os mais novos de saco de farinha de trigo e maçaroca de milho.
De Santarém partiram “Os Netos do 25”, do curso de Mecatrónica Industrial do Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP), na “Bula” de Salgueiro Maia, feita de esferovite e tubos PVC, que suportou a engenhoca de nove metros de envergadura que se lançou à água com o aluno venezuelano Roger Smith, de 19 anos, que necessitou de assistência médica após um trauma do tornozelo esquerdo, consequente da queda. Marta Henriques, também aluna do curso, fez de Natércia Maia, esposa de Salgueiro Maia, distribuiu os cravos pelos colegas e ajudou a empurrar a bula pela rampa.
Os Dragon Tails, de Azambuja, participaram pela primeira vez. Um grupo de amigos na casa dos 30 anos, composto por Diogo Serra, Paulo Dantas, Hugo Patrício, Daniel Silva e Miguel Anjos, que se inspirou no filme How to Train Your Dragon e construiu um avião de mais de sete metros de envergadura com uma cabeça de dragão e duas pequenas ovelhas, recriando os “sheep games”, tal como nos filmes. O grupo tinha desde um mecânico de aviões a um personal trainer e o projecto, em chapa alveolar, roofmate, metal, madeira e filme preto, pretendia criar uma estrutura sólida que garantisse o máximo de aerodinamismo possível.
Quem já é experiente são os Empadas de Galinha, de Vialonga, que têm tido o azar de ficar em 4º lugar, conta Dina Sachim, 47 anos, artesã e irmã mais nova de Fernando, engenheiro aeroespacial que projectou e pilotou, e de Carlos. Os irmãos participam desde a primeira edição e levaram consigo os amigos Pedro Costa e Ruben Pais. À semelhança dos anos anteriores a linha do projecto foi satírica, mas o conceito, garantem, foi a reciclagem, com canas da Índia, sacos de contenção, plásticos, embalagens, pipocas e até o estrado de uma cama. A espécie de “jangada voadora” de seis metros por cinco demorou uma semana a estar pronta, com uma cabeça de diabo com a língua de fora. Os irmãos, que numa edição anterior brincaram com o busto de Cristiano Ronaldo na Madeira, vestiram-se de freiras e erguiam um terço.
O júri avalia a criatividade do projecto, performance no momento do lançamento e distância percorrida pelo engenho após abandonar a plataforma. Participaram 36 equipas e a vitória foi para Caldas da Rainha, que, com o seu prémio, voará até à Áustria. 20 mil espectadores assistiram ao evento.