Walking Football: uma modalidade em ascensão que reuniu 200 participantes em Almeirim

Torneio de Walking Football em Almeirim reuniu 15 equipas de todo o país e envolveu cerca de duas centenas de atletas.
O Estádio Municipal de Almeirim foi palco do Torneio de Abertura 2024 do Walking Football Portugal, a primeira etapa do Circuito Nacional de uma modalidade em ascensão. O evento contou com a participação de 15 equipas de várias regiões do país, envolvendo cerca de duas centenas de jogadores. Promovido pela RUTIS – Rede de Universidades Seniores, o torneio foi apoiado por diversas entidades como o Instituto Português do Desporto e Juventude e o Município de Almeirim.
O Walking Football, é uma variante do futebol que tem como objectivo incentivar a prática desportiva das pessoas com idades superiores a 50 anos, promovendo a integração e o convívio em prol de uma vida mais activa. Da equipa da casa, a USAL, composta por doze elementos, Rogério Silva está no segundo ano da prática da modalidade. Incentivado pela própria mulher, quis acrescentar à sua lista de actividades físicas o Walking Football, para juntar aos outros desportos que já pratica como o padel, bicicleta e caminhadas. Rogério Silva diz que o impacto desta modalidade tem sido muito positivo. “O maior benefício deste desporto é o preservar a nossa saúde, e também o convívio e as amizades”, disse.
Atleta e enfermeiro, Jorge Rola entrou há oito anos no Walking Football. Apesar de adorar a modalidade, diz que devem ser criados escalões. “Um jogador de 55 anos não devia jogar com um de 75 anos, a capacidade física não é a mesma e acaba por não ser justo”, explica. Já o colega de equipa, Carlos Gomes, reconhece que para a modalidade ter escalões, a adesão de participantes teria de ser muito maior. Jogador na equipa desde 2023, ficou a conhecer a vertente através da universidade sénior. “Isto liberta-nos e tira-nos da nossa zona de conforto”, refere.
Sobre a modalidade, o coordenador do projecto, Luis Jacob, garante que, com cerca de 1200 atletas espalhados pelo país, tem cada vez mais pessoas a aderir e que muito se deve por não ser uma competição, mas sim “pura diversão”. Todos os atletas com quem O MIRANTE convesrou referem que o maior desafio da modalidade é não puderem correr, saltar, fazer rasteiras ou cortes. Salientam que o mais importante do desporto é o convívio e alertam para a importância da saúde mental e física, o factor mais importante da modalidade.