Desporto | 01-12-2024 15:00

ACRO nasceu para responder à falta de oferta desportiva em Freixianda

ACRO nasceu para responder à falta de oferta desportiva em Freixianda
Cecília Rodrigues, Ema Nunes, Paulo Nunes, Talita Nunes e o presidente da Junta de Freguesia de Freixianda Paulo Nunes

Levar o desporto a toda a gente é o lema da Associação Cultural e Recreativa de Ourém, criada por pais de atletas em Março de 2024 na vila de Freixianda.

A colectividade tem crescido de forma exponencial, contando com mais de 140 sócios, sete treinadores e 100 atletas. O MIRANTE visitou a sede da ACRO na antiga escola primária de Freixianda e falou com o casal Paulo Nunes e Ema Nunes, dois dos fundadores.

A vila de Freixianda, concelho de Ourém, conta com uma maior oferta a nível desportivo, graças à Associação Cultural e Recreativa de Ourém (ACRO), fundada a 6 de Março de 2024. A colectividade foi criada por um grupo de pais que entendeu que seria uma mais-valia criar uma associação que pudesse dinamizar o desporto na vila. A ACRO nasceu com o principal objectivo de levar o desporto a toda a gente, mas a associação não é só desporto, também disponibiliza explicações, aulas de música, psicologia clínica, entre outras valências.
Actualmente conta com 140 sócios, sete treinadores e 100 participantes. Uma das grandes preocupações da ACRO é a integração de pessoas com limitações físicas e intelectuais, e por isso a associação estabeleceu um protocolo com o CRIF – Centro de Reabilitação e Integração de Fátima e com o CRIO – Centro de Reabilitação e Integração de Ourém, dinamizando actividades de forma gratuita nesses espaços.
O MIRANTE visitou a sede da ACRO na antiga escola primária de Freixianda e falou com o casal Paulo Nunes e Ema Nunes, dois dos fundadores da associação que são casados há 23 anos. Moravam no Algarve e há três anos e meio decidiram mudar-se para Ourém à procura de melhor qualidade de vida. Tiveram três filhas, sendo que uma delas nasceu com Trissomia 18, acabando por falecer com apenas oito anos. Após esse infortúnio, o casal encontrou na ACRO um propósito de vida que os ajuda a seguir em frente.
Paulo Nunes tem 46 anos e é o presidente da ACRO. Em conversa com O MIRANTE, refere que o principal objectivo da ACRO é servir a população: “não digo só a população da Freixianda porque temos malta que vem de Ourém, temos malta que vem de Alvaiázere, de Coimbra, temos uma família de Tomar que em princípio a partir de Janeiro também vai começar a vir aqui”. A ideia de criar a ACRO surgiu através da amizade que se criou entre pais de atletas que tinham que se deslocar a outros pontos do concelho de Ourém para os filhos poderem praticar desporto, devido à falta de oferta que existia na vila de Freixianda. “A nível desportivo só havia uma associação de futebol em Freixianda, agora com a ACRO temos várias modalidades”, explica.
A Câmara de Ourém e a Junta de Freguesia de Freixianda ofereceram a antiga escola primária da vila para ser a sede da associação. A escola esteve fechada durante 12 anos e por isso os sinais de degradação eram evidentes, tendo sido necessário um grande investimento para reabilitar o edifício, trabalho que ainda continua. Um dos projectos é criar na escola um espaço para peregrinos. “Queremos ter duas salas para homens e mulheres, com balneários, camas e uma copa, é um sonho nosso”, revela.

Do Algarve para Ourém
Paulo Nunes e Ema Nunes trabalham há 14 anos como tradutores de filmes e séries de plataformas digitais. “Fazemos legendas, para nós é um privilégio trabalhar em casa, por isso é que também conseguimos ter tempo para a associação”, explicam. Actualmente o dia de Paulo Nunes e Ema Nunes é cansativo, acabam os treinos às nove da noite, vão para casa jantar, deitam as filhas e depois ficam a trabalhar até às quatro/cinco da manhã.“Tem sido duro, fisicamente temos andado um bocadinho cansados”, confessam. Conheceram-se no Algarve, local onde viviam até há três anos e meio. “A ideia de vir para Ourém morar foi para desacelerar. Morávamos num apartamento e queríamos comprar uma casa onde as nossas filhas pudessem brincar, ter uma horta, mas no Algarve era tudo muito caro. Começámos a procurar em todo o país e encontramos a nossa actual casa em Ourém”, revelam.
Ema Nunes tem 49 anos e é a responsável desportiva da ACRO. Começou a praticar ginástica em pequena e desde aí nunca mais parou. Foi campeã regional, distrital e nacional, tirou um curso de juiz e começou a dar aulas. Esteve parada durante uns tempos, mas decidiu voltar porque as filhas começaram a mostrar interesse em praticar ginástica.

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