Polidesportivo da Icesa recebe obras mas não vai dar para desporto federado
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Câmara de Vila Franca de Xira alega que é necessário um elevado investimento para adaptar o recinto polidesportivo da Icesa, em Vialonga, às exigências do desporto federado, optando por o requalificar apenas para a prática desportiva informal.
O recinto polidesportivo do bairro da Icesa, em Vialonga, que há muito carecia de obras de requalificação, vai agora receber uma intervenção mas, para desapontamento de alguns, não permitirá adaptar o espaço para receber competições federadas. O lançamento do concurso público foi aprovado por unanimidade pelo executivo da Câmara de Vila Franca de Xira, com um preço base de 318 mil euros e um prazo de execução de 180 dias, sendo comparticipado pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR). O objectivo é melhorar as condições do espaço, que há muito estava degradado e é utilizado tanto pelos jovens da Icesa como, sobretudo, pelos atletas do Grupo Desportivo Os Patuscos, que há muito reclamavam a O MIRANTE a recuperação do espaço.
Entre as melhorias previstas estão novas pinturas do campo, renovação das linhas de jogo e reposicionamento dos postes de basquetebol, instalação de uma rede antirruído, para reduzir o impacto sonoro das actividades, a construção de escadas e rampas para garantir circulação inclusiva e o uso de um novo betão poroso para rampas, escadas e áreas envolventes, promovendo maior permeabilidade. O concurso público prevê também a plantação de árvores e arbustos para proporcionar maior sombra e estabilizar os taludes de forma natural, incluindo a instalação de bancos lineares para visualização de jogos e criação de espaços de permanência descontraídos.
“Esta é uma obra absolutamente necessária mas peca por tardia. Infelizmente a melhoria do piso e a cobertura do polidesportivo não parece estar incluído na obra. Tiveram em conta estas duas situações?”, questionou Ana Afonso, vereadora da coligação Nova Geração (PSD/PPM/MPT) durante a discussão da proposta. “Não adianta fazer grandes investimentos se depois não podemos usar estes equipamentos”, criticou.
Também o vereador Nuno Libório, da CDU, questionou se a diferença financeira para ter um recinto preparado para a prática desportiva federada seria assim tão grande em relação ao projecto proposto, defendendo uma melhor análise da situação.
O presidente do município, Fernando Paulo Ferreira (PS), diz que o objectivo é melhorar o polidesportivo para o manter para a prática desportiva pública e informal. “Será de características absolutamente públicas e não entregues a um clube. Os Patuscos já usam o pavilhão do Olival de Fora. As condições federadas implicam um conjunto de intervenções muito grandes, incluindo bancadas com dimensões mínimas e novos balneários que ali tínhamos de fazer. O piso será todo reparado e re-arranjado e a zona exterior arranjada, assim haja empresas a responder ao concurso”, garantiu o autarca.