Desporto | 03-03-2025 18:00

Centro Social de A-dos-Melros prepara festa dos 50 anos com instalações renovadas

Centro Social de A-dos-Melros prepara festa dos 50 anos com instalações renovadas

O Centro Social de A-dos-Melros assinala 50 anos de existência com uma festa especial em Novembro. A colectividade teve obras de modernização na sua sede e a direcção mantém o compromisso de melhorar as condições do espaço para a comunidade.

O Centro Social de A-dos-Melros, no concelho de Vila Franca de Xira, assinala em Novembro meio século de existência e está a preparar uma festa de aniversário especial. A direcção da colectividade é presidida por Rui Correia, que integra a estrutura dirigente há 23 anos, mas conhece os cantos à casa desde criança. O pai, Ventura Correia, foi um dos fundadores da colectividade.
Rui Correia recorda as actividades que se faziam noutros tempos, em que a população era mais jovem e as ofertas de entretenimento eram escassas. Bailaricos, grupos de teatro, cegadas de Carnaval, damas, jogos de cartas, são tudo boas recordações que ficam na memória e na história da colectividade.
A direcção continua empenhada em manter tradições e adaptar-se às novas realidades. Prova disso é o plano de actividades para 2025 que inclui eventos como um torneio de sueca, realizado a 23 de Fevereiro, uma matiné de Carnaval agendada para dia 1 de Março, em Abril há música popular, em Maio uma excursão. Para o mês de Junho está previsto um arraial com música e petiscos, em Setembro um torneio de matraquilhos, em Outubro um teatro de revista e dia 8 de Novembro a grande celebração dos 50 anos da colectividade.
“Quando fazemos eventos vêm pessoas de Calhandriz, Alverca e Adanaia. A-dos-Melros está próxima de Alverca, mas muita gente não conhece. Como somos comunicativos convidamos os pais, por exemplo, para virem aos eventos com as crianças e petiscarem. Aqui estamos longe da confusão, as crianças têm espaço para brincar e as pessoas sentem-se bem”, conta Rui Correia.
O Centro Social de A-dos-Melros tem as casas de banho e balneários renovados e adaptados para pessoas com mobilidade reduzida ou condicionada. A obra teve apoio da Câmara de Vila Franca de Xira em cerca de 20 mil euros. A direcção quer que o primeiro andar do edifício, onde se realizam os eventos, passe a ter acesso a cadeira de rodas, por isso vão concorrer ao Programa de Apoio ao Movimento Associativo da câmara, para fazer a obra de adaptação.

“O Estado exige-nos coisas como se fossemos uma empresa”
Rui Correia refere que a ajuda da Câmara de Vila Franca de Xira e Junta de Freguesia de Alverca do Ribatejo e Sobralinho é fundamental para a sobrevivência da colectividade. “Não é compreensível que a um centro social, sem fundos lucrativos, onde ninguém recebe e é tudo trabalho voluntário, nos exijam coisas como se fossemos uma empresa. Felizmente, a câmara ajuda-nos nessa parte e até já fomos a formações porque não temos habilitações literárias para certas coisas que o Estado exige”, relata.
Durante a semana a população costuma ir ao bar do Centro Social beber café e ler o jornal. Mas aos fins-de-semana há mais movimento com pessoas vão até à colectividade para ver os jogos de futebol na televisão. As moelas, amêijoas, camarão frito, bifanas, coelho no tacho com arroz, asas de frango e pica-pau são um chamariz. “Temos cozinheiros e pessoal da área da indústria hotelaria. Não precisamos de catering nos eventos porque temos comida caseira. Eu também cozinho. E os preços são muito acessíveis”, vinca o dirigente associativo.
O primeiro andar da colectividade tem um palco e cozinha que é alugado para festas e onde ocorrem também reuniões descentralizadas da junta de freguesia. A colectividade tem cerca de 100 sócios activos e em Abril vai a eleições. Rui Correia avança que a nova direcção terá algumas pessoas jovens com novas ideias.
Dos órgãos sociais actuais faz parte Ana Correia, secretária, que cresceu na colectividade e acompanhou com a família a vivência do centro. Hélia Silva é a tesoureira e diz que as contas estão controladas e não existem dívidas. O que existe é uma grande curiosidade e uma vontade de aprender para se conseguir responder às burocracias do que é estar hoje como dirigente numa colectividade.

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