Desporto | 30-03-2025 21:00

Atleta do Cartaxo, Patrícia Silva, honra legado familiar com medalha de bronze

Atleta do Cartaxo, Patrícia Silva, honra legado familiar com medalha de bronze
Patrícia Silva

Patrícia Silva deu os primeiros passos no atletismo no Cartaxo e conquistou agora a medalha de bronze nos Mundiais “indoor” na China. É filha de Rui e Susana Silva, dois antigos campeões de atletismo que continuam com uma forte ligação ao Ribatejo. Na primeira entrevista a O MIRANTE, em 2015, Patrícia Silva já se revelava uma esperança do atletismo com a camisola da Escola de Atletismo do Cartaxo.

Patrícia Silva sempre correu com o peso da vitoriosa tradição familiar e agora coloriu de bronze o seu percurso, aos 25 anos, com o terceiro lugar nos 800 metros dos Mundiais ‘indoor’ em Nanjing, na China. Filha de Rui e Susana Silva, dois antigos campeões de atletismo que continuam a ter uma forte ligação ao Cartaxo e ao Ribatejo, Patrícia Silva deu os primeiros passos na Escola de Atletismo do Cartaxo e já nessa altura se revelava uma grande promessa. Agora, duas semanas depois de ter sido sétima nos 1.500m nos Europeus em pista curta Apeldoorn2025, a atleta do Sporting Clube de Portugal investiu nos 800m nos Mundiais e lucrou. E foi na distância mais curta que se afirmou ao arrebatar a medalha na recta final, superando a polaca Anna Wielgosz e a suíça Audrey Werro para subir ao seu primeiro pódio internacional, baixando ainda dos dois minutos o novo recorde nacional ‘indoor’ (1.59,80).
Nos 1.500m, o apelido Silva é sinónimo de um título mundial conquistado em Lisboa2001 e três continentais em Valência1998, Viena2002 e Turim2009. “É com orgulho que vejo que ela [Patrícia] conseguiu passar por todas as fases e chegar aqui. Já esteve nuns campeonatos do mundo, mas penso que agora está a chegar a um nível que lhe permite almejar um resultado, que era estar presente numa final, penso que estará ao alcance dela”, vincou Rui Silva, bronze nos Jogos Olímpicos Atenas2004 e nos Mundiais Helsínquia2005. Não fosse já peso suficiente, Patrícia é também neta de Carlos Cabral, quinto nos Europeus Estugarda1980 e sexto em Milão1982, da parte da sua mãe e treinadora, Susana Silva. “É mais um bom exemplo que tenho na família”, reconheceu Patrícia Silva, que tem um abraço à sua mãe imortalizado numa tatuagem, ilustrando o momento entre ambas após ter batido, em Junho de 2023, o recorde pessoal dos 800 metros ao ar livre, fixando-o então em 02.00,07.
“Não é por ser filha do Rui Silva que consigo as minhas vitórias. É pelo esforço do meu trabalho diário e ao longo da época desportiva”, disse, em 2015, na primeira entrevista ao nosso jornal. A atleta natural de Vila Chã de Ourique está agora no clube do coração e na senda do pai e do avô, mas sempre quis definir-se nos seus próprios termos em vez de ser apenas a nova estafeta a carregar a tocha dourada da família. Por concretizar está agora, depois da desilusão com a ausência de Paris2024, por centésimos, o sonho da medalha olímpica, a caminho de Los Angeles2028, mais de uma década depois da estreia internacional, no Festival Olímpico da Juventude Europeia (FOJE) de 2016.

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