Desporto | 24-04-2025 15:00

Mal do futebol está nos pais que ofendem miúdos e árbitros

Mal do futebol está nos pais que ofendem miúdos e árbitros
Joaquim Martinho é presidente da Associação de Futebol de Santarém e quer implementar duas novidades: um encontro de futebol adaptado e fomentar os jogos de futebol online

Em Março de 2025, Joaquim Martinho pegou no leme da Associação de Futebol de Santarém. Gosta de trabalhar em equipa, convive bem com opiniões contrárias e repudia o comportamento de alguns pais nos jogos.

O que vai mudar na Associação de Futebol de Santarém (AFS) consigo como presidente? No imediato não vai mudar nada. A AFS estava a fazer um bom trabalho e vai continuar a fazer um bom trabalho. Vai ser um trabalho, basicamente, de continuidade. Obviamente, vamos dar algum cunho novo e temos duas medidas em perspectiva, para além do que já se fazia.
Que novidades são essas? Em princípio quero ver se no início da próxima época conseguimos fazer um encontro de futebol adaptado, em articulação com os municípios e centros de recuperação. Também temos uma função social e, dentro dessa perspectiva, faz todo o sentido começarmos a organizar encontros, envolvendo diversos parceiros. Outro objectivo é fomentar jogos de futebol online. A federação já tem e está a lançar o desafio às associações. Faz sentido estar nesta vaga inicial e depois logo se vê qual a adesão.
É um homem de decisões firmes e solitárias ou prefere trabalhar em equipa? Prefiro trabalhar em equipa. Posso dar uma sugestão, mas se as pessoas não concordarem não avanço. E todos são livres de dar opiniões contrárias. Porque da discussão, muitas vezes, nasce a solução. É óbvio que quando aqui decidimos alguma coisa, a tese que ganha é a tese de todos. Gosto muito de repartir responsabilidades. Todos os membros efectivos e suplentes da direcção têm pelouros.
Presumo que costuma assistir também a jogos de futebol dos escalões jovens. O que acha do comportamento arruaceiro e insultuoso de alguns adultos, nomeadamente pais e mães de atletas, durante os desafios? O mal do futebol jovem não está nos atletas, está nos pais que muitas vezes inadvertidamente – eles não o fazem por mal – caem no ridículo de estar a ofender miúdos, a ofender jovens árbitros, quando nada o justifica. No futebol há três resultados possíveis e há que saber perder e saber ganhar. Normalmente, já se sabe que quando um clube perdeu a culpa foi do árbitro, mas ninguém se lembra do guarda-redes que deu um ‘frango’ ou do avançado que falhou um golo de baliza aberta. É mais fácil culpar os outros. Um elemento da nossa direcção tem um livro que todos os pais deviam ler, com entrevistas a jovens atletas de todos os clubes do distrito. É bom ver que os próprios miúdos sentem-se envergonhados pelas atitudes dos pais.

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