Primeira edição da liga de futebol de rua feminino foi um sucesso dentro e fora de campo

União Desportiva da Chamusca venceu a primeira edição da “Liga O MIRANTE futebol de rua feminino”, depois de vencer a equipa do Pego por 16-2 na última jornada.
No outro jogo, o Riachense derrotou a Juventude das Lapas por 2-1. Primeira edição da iniciativa pretendeu, entre outros factores, enaltecer o futebol amador como forma de luta pela igualdade de género.
Terminou a primeira edição da “Liga O MIRANTE de futebol de rua feminino” com vitória da União Desportiva da Chamusca. A primeira edição da iniciativa teve como principal objectivo valorizar o futebol amador como forma de lutar pela igualdade de género. O MIRANTE associou-se a esta nova liga e o objectivo da organização é captar novas equipas no futuro. “Quisemos chamar a esta liga O MIRANTE porque, tal como o jornal, queremos trabalhar com proximidade com outras equipas e permitir que outros clubes amadores tenham uma porta aberta para participar numa competição. A nossa preocupação não é a competição, mas sim passar bons momentos e fazer desporto entre amigos”, explicou Ana Brites, jogadora na Juventude das Lapas e porta-voz da organização.
Na última jornada, a Juventude das Lapas perdeu em casa com o Riachense por 2-1 e permitiu à União da Chamusca chegar ao título, depois de vencer o Pego por 16-2. Ao longo dos seis meses de competição, o torneio juntou adeptos em aldeias e vilas e os jogos tiveram sempre grandes assistências. Ana Brites explica que até já foi abordada no supermercado por alguém que queria saber quando era o próximo jogo. O torneio de futebol amador que pôs mulheres a jogar e juntou comunidades para tardes de muito futebol e convívio superou todas as expectativas, partilha com O MIRANTE.
Quando, há uns meses, desafiou os responsáveis das outras equipas não esperava que a liga viesse a ter o impacto que teve. “Foi uma superação constante. De todas as participantes e do envolvimento das pessoas com o torneio”, afirma. Na tarde de 26 de Abril, o dia da última jornada, Ana Brites admitiu sentir um nervoso na barriga como não sentia há muito. Apesar de ser uma competição amadora, as jogadoras vivem os jogos com intensidade e querem ganhar cada duelo, acertar cada passe e remate. “Estamos mesmo envolvidas nisto. Todas as equipas querem mostrar a sua evolução”, justifica Ana Brites. “Também desmistificámos algumas ideias em relação à forma como as mulheres trabalham umas com as outras”, acrescenta. Quanto a uma próxima edição o desejo é conseguir mais equipas. “Há muitas equipas adormecidas que basta um convite para se organizarem e participarem”, garante Ana Brites ao nosso jornal.
