Desporto | 23-09-2022 06:59

Novo ciclo no Alhandra Sporting Club com mudança de presidente ao fim de 16 anos

Década e meia depois Rui Macieira sai da direcção e dá o lugar a Jorge Leitão

Histórico Rui Macieira sai ao fim de 16 anos na liderança do Alhandra Sporting Club para dar o lugar a Jorge Leitão. Manter as contas em dia e aproximar os sócios da colectividade são alguns dos objectivos.

Cuidar das contas do clube, proporcionar melhores condições de treino e formação aos atletas, rever os estatutos e aproximar os sócios do dia a dia da colectividade são alguns dos objectivos da nova direcção do Alhandra Sporting Club (ASC) que tomou posse na noite de quinta-feira, 15 de Setembro. O novo presidente da direcção, Jorge Leitão, sucede ao histórico Rui Macieira que, nos últimos 16 anos, liderou os destinos do clube. A passagem de testemunho foi feita com aplausos e elogios ao dirigente que diz sair com a sensação de dever cumprido mas triste por não ter conseguido resolver o imbróglio com o campo da Hortinha (ver caixa).
Já Jorge Leitão diz querer modernizar o clube e fazer do ASC uma máquina de produção de talentos nas diferentes modalidades e, em particular, no triatlo, onde a equipa tem somado êxitos. Jorge Leitão vive na Póvoa de Santa Iria mas está ligado ao ASC desde 2004. Foi um dos fundadores da secção de natação e triatlo do clube. Está aposentado desde 2020 e por isso, diz, tem tempo para dedicar ao clube. O mandato é de dois anos.
“Uma das prioridades que gostávamos de resolver é a requalificação da nossa sede que está em muito mau estado. Também gostávamos de aumentar o número de praticantes das modalidades e trazer os sócios de volta ao clube. Queremos melhorar a nossa comunicação. Não sabemos se conseguimos fazer tudo mas vamos tentar”, promete o dirigente a O MIRANTE.
Já sobre o impasse com o futuro campo para a prática de futebol, o dirigente é cauteloso na gestão das expectativas. “Vamos pressionar a câmara para encontrar soluções mas está tudo nas mãos deles. Independentemente da solução, será sempre e apenas para futebol de formação”, explica. Jorge Leitão defende que utilizar o campo de futebol da Cimpor, cuja utilização pelo clube já foi protocolada com a câmara, é a melhor solução. Mas faltam as obras de adaptação do espaço.
O presidente da Câmara de Vila Franca de Xira, Fernando Paulo Ferreira, esteve presente na tomada de posse e prometeu caminhar lado a lado com o clube para encontrar soluções para o futebol. “Os órgãos sociais devem concentrar-se nas modalidades que já têm e em dar a melhor oferta possível. Vai ser preciso muita resiliência e é um caminho que faremos em conjunto”, afirmou o autarca.
Os novos corpos sociais do ASC são compostos por, na assembleia-geral: Mário Cantiga (presidente), José Sousa (primeiro secretário) e Ana Pereira (segundo secretário). No conselho fiscal entram Paulo Tomás (presidente), Anabela Carapeta (relator) e Ana Matos (vogal). A direcção é composta por Jorge Leitão (presidente), Telmo Augusto (presidente adjunto), Paulo Gonçalves (tesoureiro), Ana Rasquilho (secretária), Susana Ferreira (vice-presidente para a área administrativa), Bruno Vitorino (vice-presidente para a área do património), Óscar Soares (vice-presidente para a área da náutica) e, como vogais, tomaram posse Sílvia Tiago, António Fragoso, Alexandre Rico, João Fernandes e José Valente.

“O poder político não esteve à altura”

Na hora da saída, Rui Macieira disse não estar arrependido de nada e prometeu manter-se ligado ao clube. Está no ASC desde 1990 e foi presidente durante 16 anos. Diz que é importante que o clube não viva dividido em capelinhas entre as diferentes secções mas sim que todas se unam sob a mesma bandeira. “Fico feliz com o legado que deixo, ainda que não totalmente porque há situações que não conseguimos resolver. Demos condições ao triatlo, náutica, alargámos a prestação do futsal mas não conseguimos resolver o futebol por uma razão evidente: o poder político não esteve à altura das nossas necessidades”, diz a O MIRANTE. O dirigente lamentou que a câmara tenha protelado desde o ano 2000 uma solução para a substituição do degradado Campo da Hortinha, espaço que o dirigente disse ter de fechar por ter vergonha de ver as crianças a jogar ali.

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