Direitos Humanos | 08-12-2023 20:48

Uma maratona de cartas pelos Direitos Humanos

Uma maratona de cartas pelos Direitos Humanos
Foto Amnistia Internacional

A Maratona de Cartas é o maior evento de ativismo do mundo. Todos os anos, dá a conhecer casos de pessoas perseguidas, ameaçadas, torturadas ou presas injustamente por defenderem os direitos humanos. É possível assinar petições pela defesa de cada um destes casos em https://www.amnistia.pt.

1. Austrália

O Uncle Pabai e o Uncle Paul são dois líderes comunitários das ilhas Boigu e Saibai no Estreito de Torres, a parte mais a norte da Austrália. Ambos recorreram aos tribunais para contestar a ação absolutamente inadequada do governo australiano em matéria de alterações climáticas. O seu objetivo é proteger as suas comunidades do efeito das alterações climáticas, que pode conduzir à destruição das suas terras, cultura e modo de vida.

2. Emirados Árabes Unidos
Ahmed Mansoor é um poeta, blogger e defensor dos direitos humanos nos Emirados Árabes Unidos (EAU), que está preso em Abu Dhabi. Era uma das poucas vozes nos EAU que transmitia informação credível e independente sobre as violações de direitos humanos, nomeadamente sobre os julgamentos injustos das vozes dissidentes no país. Por essa razão, foi preso e encontra-se em isolamento, sem acesso a uma cama, podendo apenas sair da cela três vezes por semana.

3. Brasil

Ana Maria Santos Cruz é mãe de Pedro Henrique, defensor de direitos humanos brasileiro que foi morto pela sua ação em prol da justiça racial. Os polícias suspeitos pelo assassinato de Pedro foram indiciados em 2019, mas ainda exercem funções policiais. Ana Maria tem apelado continuamente às autoridades para que realizem uma investigação e um julgamento meticuloso, apesar das ameaças contínuas que tem recebido. Mesmo assim, Ana Maria não cede na sua luta por justiça.

4. Myanmar

Maung Sawyeddollah é um jovem rohingya que teve de fugir com a família para o Bangladesh devido à limpeza étnica perpetrada pelas forças militares do Myanmar. Maung quer ser advogado e apela a que a Meta (empresa que detém o Facebook), assuma a responsabilidade pela sua contribuição para as atrocidades em Myanmar, já que os algoritmos da Meta amplificaram o incitamento anti-Rohingya no Facebook, “alimentando” a violência das forças militares do Myanmar.

5. África do Sul

Thapelo Mohapi é o secretário-geral do Abahlali baseMjondolo (AbM), um corajoso movimento de base comunitária. Os membros do AbM, determinados a melhorar as condições económicas da sua comunidade, insurgiram-se contra casos de corrupção no governo local. No entanto, pessoas como Thapelo Mohapi têm sido frequentemente vítimas de assassinatos, violência, assédio e danos às suas casas. Por este motivo, Thapelo é forçado a viver escondido desde 2021.

* A Maratona de Cartas é o maior evento de ativismo do mundo. Todos os anos, dá a conhecer casos de pessoas perseguidas, ameaçadas, torturadas ou presas injustamente por defenderem os direitos humanos. É possível assinar petições pela defesa de cada um destes casos em https://www.amnistia.pt.

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