2023 foi o ano mais quente de sempre
Dois minutos para os direitos humanos é uma parceria entre O MIRANTE e a Amnistia Internacional
1. Global
O Relatório Copernicus sobre o Clima Global, da União Europeia, confirmou que o ano 2023 foi o mais quente alguma vez registado. A Amnistia Internacional recorda que o aquecimento global está a agravar as vagas de calor e as secas, a aumentar os incêndios florestais, a intensificar a precipitação e a gerar tempestades mais violentas, que podem ter um efeito devastador no ambiente, na biodiversidade e sobre os grupos marginalizados.
2. Papua-Nova Guiné
No dia 10 de janeiro, na Papua-Nova Guiné, cerca de 200 militares e polícias dirigiram-se ao Parlamento para apresentar, ao primeiro-ministro, as suas preocupações quanto a deduções salariais indevidas de que foram alvo e que tinham impactado negativamente a sua estabilidade financeira. A situação de protesto provocou confrontos nas cidades de Port Moresby e Lae que, até agora, terão provocado a morte de, pelo menos, 16 pessoas.
3. África
Em 2023, assistiu-se a um aumento da legislação discriminatória que visa pessoas da comunidade LGBTI em toda a África, fomentando a sua perseguição e marginalização. No continente africano, 31 países continuam a criminalizar a atividade sexual consensual entre pessoas do mesmo sexo, apesar desta penalização ser contraditória às normas estabelecidas pela União Africana e aos compromissos internacionais em matéria de direitos humanos.
4. Europa
A Amnistia Internacional apela às autoridades da Croácia, França, Alemanha, Polónia, e outros países europeus, para que suspendam a transferência forçada de requerentes de asilo que fugiram da perseguição do Cáucaso do Norte e que têm sido extraditados ou deportados para a Rússia pelos Estados europeus. Uma vez em território russo, estas pessoas correm o risco de ser presas, torturadas e, potencialmente, obrigadas a combater na guerra de agressão russa à Ucrânia.
5. Índia
Na Índia, recentes investigações do Laboratório de Segurança da Amnistia Internacional revelam que permanece a recorrência ao spyware Pegasus, do Grupo NSO, para atingir jornalistas de renome, como Siddharth Varadarajan, editor fundador do The Wire. A utilização deste spyware decorre numa altura de repressão sem precedentes das autoridades indianas à liberdade de expressão e reunião pacíficas, com grande impacto nas organizações, jornalistas e ativistas.