Crimes de guerra continuam na Faixa de Gaza
Dois minutos para os direitos humanos é uma parceria entre O MIRANTE e a Amnistia Internacional
1. Israel/TPO
A mais recente investigação da Amnistia Internacional na Faixa de Gaza recolheu e analisou provas de ataques ilegais mortíferos em Rafah, que demonstram como as forças israelitas continuam a desrespeitar o direito internacional humanitário, destruindo famílias inteiras com total impunidade. Pelo menos 95 civis, dos quais 42 crianças, foram mortos em quatro ataques, sem que houvesse objetivos militares na área ou alvos militares legítimos presentes nos edifícios visados.
2. Global
O rápido e generalizado uso das tecnologias digitais nos sistemas de gestão de asilo e de migração está a tornar-se uma preocupação global em matéria de direitos humanos. A título de exemplo, o governo dos Estados Unidos da América instalou torres de vigia orientadas por Inteligência Artificial ao longo da sua fronteira com o México, o que aumenta o risco de identificação de perfis de comunidades negras, latino-americanas e outras comunidades racializadas.
3. Índia
Após investigação, a Amnistia Internacional sublinha que as demolições ilegais de casas, empresas e locais de culto de muçulmanos na Índia, através da utilização de bulldozers da marca JCB e outras máquinas pelas autoridades indianas, devem cessar imediatamente. Em muitos casos, as demolições ocorreram à noite, sem ser dado tempo às pessoas para abandonarem as casas e lojas, salvarem os seus pertences, recorrerem das ordens de demolição e procurarem reparação legal.
4. Líbia
Ao longo do último ano, a Agência de Segurança Interna líbia, sediada em Tripoli, submeteu dezenas de homens, mulheres e crianças a múltiplos abusos, como desaparecimentos forçados, detenções arbitrárias e tortura, tendo algumas pessoas enfrentado mesmo a pena de morte. A Amnistia Internacional apela ao término imediato destas violações de direitos humanos, que são conduzidas sobre o pretexto de "salvaguardar a virtude e purificar a sociedade".
5. Senegal
Nos dias 9 e 10 de fevereiro, enquanto ocorriam manifestações contra o adiamento das eleições presidenciais em Saint-Louis, Dakar e Ziguinchor, a polícia senegalesa matou três pessoas, incluindo um rapaz de apenas 16 anos, e prendeu outras centenas. Face a este total desrespeito pela dissidência pacífica, a Amnistia Internacional insta a uma investigação completa, independente e imparcial, que garanta que os suspeitos são levados à justiça em julgamentos justos.