Machetes | 15-11-2024 13:00

As boas memórias são as que ficam e nos dão bem-estar mas as más podem ser ensinamentos para o futuro

As boas memórias são as que ficam e nos dão bem-estar mas as más podem ser ensinamentos para o futuro
ESPECIAL 37º ANIVERSÁRIO
Vítor Martins, médico cardiologista e arritmologista, Clínica do Coração Santarém

Assumir um cargo de influência altera muitas vezes o comportamento das pessoas que são eleitas ou nomeadas, e as memórias anteriores, apesar de sempre presentes, são esquecidas, por vezes de modo não consciente.

Diz-se que há quem tenha memória de elefante e quem tenha memória de galinha. Onde se coloca em termos de memória?
A nossa memória é muitas vezes selectiva. No entanto, no meu caso, será próxima do elefante, sobretudo quando são recordações que nos marcaram.
Existindo boas e más memórias, guarda mais das primeiras ou das segundas?
As boas memórias são as que ficam e nos dão bem-estar, mas as más podem ser ensinamentos para o futuro.
Qual a melhor memória que guarda?
Serão muitas e estão relacionadas com aspectos familiares e profissionais. Nascimento de um filho, reuniões familiares e de amigos verdadeiros, contribuição para o bem-estar de um doente, reconhecimentos dos nossos pares em relação ao nosso trabalho, etc...
E a pior?
A morte de um irmão em idade jovem.
Já lhe aconteceu estar com um amigo ou familiar que viveu um acontecimento consigo e que não recorda nada do que se passou, ou recorda-se dele de forma muito diferente?
Já aconteceu sobretudo com colegas de liceu que, pelo afastamento temporal em relação a essas memórias mais antigas, vimos a saber novos dados que na altura nos passaram despercebidos.
Que acontecimentos considera memoráveis na vida da região e porquê?
Acho memorável a “Alma Ribatejana” que para um beirão (meu caso) reflecte a personalidade bem vincada de numa região única no panorama nacional.
Se pudesse propor a construção de um memorial público seria dedicado a quê ou a quem?
Aqui no Ribatejo teria que ser um memorial ao povo ribatejano, pela sua identidade própria dentro do contexto Nacional.
Diz-se muitas vezes que as pessoas em cargos políticos têm má memória. Considera que já tinham má memória antes ou é um problema provocado pelos cargos para os quais são nomeadas ou eleitas?
Assumir um cargo de influência altera muitas vezes o comportamento das pessoas que são eleitas ou nomeadas e as memórias anteriores, apesar de sempre presentes, são esquecidas, por vezes, de modo não consciente.
O que pensa das tradições?
As tradições devem ser preservadas e incentivadas porque fazem parte da história de um povo, fazendo parte do nosso passado.
Há alguma tradição que tenha deixado de seguir. E há alguma que já não faça sentido?
Não me lembro de algo que tenha deixado de ser importante relativamente a hábitos e tradições.
Qual a tradição que nunca deixará de respeitar?
A tauromaquia.
O que faz no seu dia-a-dia, apenas por uma questão de tradição?
A tradição do meu dia-a-dia tem que ver com o empenho na minha actividade profissional, na relação médico-doente e na evolução e aperfeiçoamento na nossa atitude ao longo do tempo.
O que acha desta tradição de O MIRANTE assinalar cada aniversário pedindo aos seus leitores e anunciantes que partilhem as suas opiniões sobre um determinado tema?
Acho interessante porque permite conhecer uma outra face de todos nós.
E que tema sugeria para o próximo?
O futuro que queremos para a nossa região.
Quer acrescentar algo?
Congratular o Mirante por estas iniciativas.

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