Direcção da Casa do Povo da Chamusca diz que não tem de fazer caridade

Direcção diz que não vai continuar a fazer caridade com moradores que pagam rendas com valores irrisórios. Pela voz do advogado João Cardador, a direcção liderada por Maria José Calcinha adianta que os moradores vão ser notificados para pagar valores justos e diz recusar aceitar como novos sócios pessoas que dizem mal da instituição.
Pela voz do advogado João Cardador, a direcção liderada por Maria José Calcinha diz ainda que os moradores das casas da instituição têm de pagar um valor justo de rendas e que vão ser notificados para o fazer, mesmo reconhecendo que pode haver contestação. Com cerca de 80 sócios, a direcção da Casa do Povo da Chamusca recusa aceitar como novos sócios pessoas que dizem mal da instituição.
A Casa do Povo da Chamusca, depois de ter conseguido evitar a extinção no Supremo Tribunal, após duas decisões desfavoráveis do Tribunal do Entroncamento e da Relação de Évora, vai agora dedicar-se à sua reorganização. Uma das medidas que vai tomar passa por exigir que os moradores das casas do Bairro 1º de Maio paguem o que está estipulado e que os sócios consideram justo, acabando com situações de rendeiros que pagam cêntimos mensalmente. O advogado da instituição, João Cardador, que falou com O MIRANTE em nome da direcção por estar “mais à vontade para descrever os assuntos” e por uma questão de oralidade mais eficiente, disse, com a anuência da presidente da direcção, Maria José Calcinha, presente na conversa, que a Casa do Povo não tem de fazer caridade.