DGPC nega substituição por réplicas dos sinos da Igreja de S. João Batista em Tomar
Direcção-Geral do Património Cultural diz que não houve qualquer substituição dos sinos da Igreja de São João Baptista mas apenas uma operação de conservação e restauro.
Os três sinos da torre da Igreja de São João Baptista, em Tomar, alvo de denúncia, no Parlamento, de substituição por réplicas, foram intervencionados para conservação e restauro, mantendo-se os originais, disse fonte oficial à Lusa.
No passado dia 12 de Abril, a secretária de Estado da Cultura, Isabel Cordeiro, disse que iria “averiguar” a alegada substituição dos sinos por réplicas, denunciada pelo deputado Jorge Galveias, do Chega, que afirmara que, "devido a determinadas alterações, suspeita-se que [os sinos] tenham sido substituídos por réplicas".
Questionada pela Lusa, a Direcção-Geral do Património Cultural (DGPC) confirmou no dia 29 de Junho que, inquirida a Câmara de Tomar, dona da obra, e o gabinete projectista, “não houve qualquer substituição dos referidos sinos da Igreja de São João Baptista”. “[Houve] apenas uma operação de conservação e restauro, com trabalhos de limpeza, nos exactos termos aprovados por parecer desta Direcção-Geral”, lê-se na resposta da DGPC.
De acordo com informação disponível no 'site' oficial da Câmara Municipal de Tomar, as obras da Igreja de São João Baptista foram assumidas por aquela autarquia num protocolo com a paróquia. As "várias patologias em termos estruturais" do edifício, entre as quais infiltrações, estiveram na origem das "intervenções estruturais de fundo, bem como trabalhos de restauro, limpeza e conservação", acrescenta. Ainda segundo informação disponível na página da autarquia, trata-se de "um templo de estilo gótico tardio que junta elementos do estilo manuelino e barroco", que "foi elevado a Monumento Nacional em 1910".