Sociedade | 01-07-2023 15:00

Autarca de Ourém diz que concelho é marginalizado pelo Poder Central

Autarca de Ourém diz que concelho é marginalizado pelo Poder Central
Luís Albuquerque lamenta forma como o Governo tem tratado o concelho de Ourém em relação à visita do Papa Francisco durante a Jornada Mundial da Juventude. Foto CMO

Palavras duras de Luís Albuquerque, presidente do município de Ourém, foram proferidas na última sessão de assembleia municipal. Em causa a falta de apoio do Governo na visita do Papa a Fátima e falta de médicos de família no concelho.

O presidente da Câmara de Ourém, Luís Albuquerque, proferiu palavras duras em relação à forma como o Governo tem tratado o concelho nomeadamente devido à visita do Papa Francisco durante a Jornada Mundial da Juventude e ao problema da falta de médicos de família. O autarca interveio durante a última sessão de assembleia municipal, que decorreu no Pavilhão Multiusos de Freixianda, onde disse sentir “mágoa” pela “exclusão e marginalização” com que o poder central tem tratado o concelho em determinadas áreas.
Sobre a visita do Papa, o presidente assumiu as várias responsabilidades enquanto município anfitrião lamentando que a autarquia não faça parte das entidades organizadoras da visita. “Lamentavelmente, ao contrário do que acontece com os municípios de Lisboa, Loures e Odivelas, o Governo de Portugal deixou de fora o concelho de Ourém. Fomos excluídos de toda a preparação desta jornada”, afirmou, acrescentando que “apesar de nos sentirmos assumidamente excluídos, arregaçámos as mangas e deitámos mãos à obra para que a cidade de Fátima e o concelho possam estar à altura de um acontecimento desta magnitude”. Recorde-se que o município deverá investir cerca de 300 mil euros na visita do Sumo Pontífice. “Desenvolvemos uma estratégia comum que nos permite estar em condições de zelar pela segurança de todos e consolidar a nossa imagem enquanto território seguro e destino de referência”, vincou.

“É hora de dizer basta”
Luís Albuquerque terminou a sua intervenção falando do estado da saúde do concelho. “A propósito de exclusão e marginalização por parte do Poder Central é com mágoa que abordo aquele que continua a ser o maior problema do concelho. O estado da saúde ou o estado a que chegámos por manifesta incapacidade do Estado Central”, começou por afirmar, acrescentando: (…) chegou o tempo de endurecer o discurso. É hora de dizer basta! Basta de ignorar ou escamotear as verdadeiras origens deste problema. Basta de apontar o dedo a quem não tem culpa desta situação”, sublinhou.
Para o presidente o município tem sido parte da solução e tem vindo a garantir que o problema não se torne ainda maior, através da requalificação de unidades de saúde, programas de incentivos, reforço de competência delegadas pelo Estado, entre outras medidas. “Não somos nós os responsáveis pela falta de médicos no nosso concelho. Não somos nós os culpados de milhares de oureenses estarem sem médico de família”, frisou.

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