Sociedade | 09-12-2023 10:00

Mais de uma centena de burlas e furtos a residências no concelho de Azambuja

Mais de uma centena de burlas e furtos a residências no concelho de Azambuja
Uma das burlas e um dos furtos a residências ocorreram na freguesia de Aveiras de Baixo e renderam peças em ouro aos criminosos

São mais de uma centena as denúncias de crimes de burla e furto a residências registadas pela GNR no concelho de Azambuja. Autoridades deixam conselhos e alertam para a importância da formalização da queixa num posto policial.

Os postos da Guarda Nacional Republicana (GNR) de Azambuja e Aveiras de Cima, no concelho de Azambuja, receberam até 31 de Outubro um total de 120 queixas por crimes de burla e furto a residências. Os dados provisórios da GNR disponibilizados a O MIRANTE mostram que há um aumento de queixas por burla comparativamente com o ano passado e uma redução do número de furtos a residências.
A GNR precisa que até ao último dia de Outubro deste ano foram denunciadas 29 burlas no posto de Aveiras de Cima e 60 no de Azambuja, num total de 89 queixas formalizadas em 10 meses, sendo que nos 12 meses do ano passado houve registo de 95 de queixas. No que respeita a furtos a residências no mesmo concelho, a Guarda, através do Comando Territorial de Lisboa, detalha que em igual período de 2023 foram registadas 13 queixas em Aveiras de Cima e 18 em Azambuja, sendo que em todo o ano de 2022 foram feitas, nos dois postos do concelho, respectivamente, 25 e 23 denúncias.
Em resposta ao nosso jornal, a GNR explica que a denúncia de qualquer crime “é extremamente importante, para que os recursos existentes sejam empenhados seguindo uma lógica de prioridades”. O que significa que “existe a necessidade, por parte das vítimas ou lesados, da formalização de queixa ou informação de situações que possam enquadrar algum ilícito criminal, sendo a denúncia fundamental para auxiliar a monitorização do fenómeno e a gestão operacional dos recursos disponíveis para áreas onde o crime poderá ser mais incidente”.
Tal como O MIRANTE noticiou na edição de 30 de Novembro, depois do furto a uma habitação em Casais da Lagoa, uma idosa residente em Aveiras de Baixo, na mesma freguesia, foi roubada por duas mulheres que se fizeram passar por funcionárias da Segurança Social. Um dos esquemas de burla utilizados para ganhar a confiança das vítimas, sobretudo de pessoas idosas, e conseguirem entrar nas suas residências. Em ambos os casos foi levado ouro das habitações e, relativamente ao segundo, o presidente da Câmara de Azambuja, Silvino Lúcio, adiantou a O MIRANTE que foi possível identificar, através de uma câmara privada de videovigilância, o veículo conduzido por um homem para o qual as burlonas entraram após perpetrarem o crime. Sobre os casos registados, a GNR não adianta se foi ou não possível identificar os criminosos envolvidos.

Como são e como agem os burlões

Por norma, explica a GNR, os burlões são homens e mulheres bem vestidos, bem-falantes, com voz calma e afável, com uma conversa convincente e cativante, que levam as pessoas a fazer aquilo que não querem, apresentando-se como familiares, amigos de familiares ou funcionários de alguma empresa ou instituição, nomeadamente da Segurança Social, EDP, de companhias de telecomunicações e funcionários da câmara municipal, por forma a garantir o acesso às pessoas e às suas residências.
Neste sentido, a GNR aconselha os cidadãos a não fornecerem informações pessoais ou de conhecidos a estranhos, circular preferencialmente por ruas iluminadas e movimentadas, não transportar quantias elevadas de dinheiro, não assinar documentos sem ter a certeza do seu conteúdo, sempre que possível tentar anotar os dados de veículos estranhos na zona, não confiar em indivíduos estranhos, bem-falantes e cheios de boas intenções, desconfiar de esquemas que lhe ofereçam dinheiro fácil.
Sublinha ainda que todos os funcionários de empresas de água, luz, CTT, Segurança Social e bancos, estão bem identificados e que não se deve demonstrar que se está sozinho em casa. “Mesmo que não esteja ninguém em casa chame por um familiar próximo, isso afasta qualquer burlão”, refere. Caso se desconfie de algo deve-se ligar imediatamente para a GNR.

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