Morre em despiste no dia em que tirou carta de moto
João Reguinga tinha experiência em motos tendo começado a conduzir e a participar em provas de motocross na adolescência, pelo que para muitos é estranho como é que o jovem de Fazendas de Almeirim, com 22 anos, se despistou numa recta na circular urbana de Almeirim.
O acidente de João Reguinga, além de provocar uma onda de consternação em Fazendas de Almeirim, onde vivia com os pais, é um mistério para muita gente que não consegue encontrar uma lógica para o sucedido. João, 22 anos de idade, circulava numa Ninja 1000 na circular urbana José Sousa Gomes, em Almeirim, quando se despistou e perdeu a vida no local. O motociclista, habituado a andar de moto desde a adolescência, foi projectado e ficou a vários metros da moto numa zona de recta com boa visibilidade, perto do hipermercado Pingo Doce, não se percebendo como é que se despistou.
Os bombeiros e a equipa da Viatura Médica de Emergência e Reanimação ainda fizeram manobras de reanimação, mas João Reguinga não resistiu aos ferimentos graves que sofreu. Ao presidente da Junta de Fazendas de Almeirim faz confusão como é que o jovem teve o acidente sendo bastante experiente na condução de motos e tendo participado desde a adolescência em provas de motocross. João Apolinário, que tem um neto amigo do falecido, conta que o jovem brincava com as motos e já tinha muita experiência em motas de grande cilindrada, porque costumava andar com uma de 600 centímetros cúbicos.
O acidente ocorreu na sexta-feira, 15 de Dezembro, cerca das 21h15, no mesmo dia em que tinha feito o exame de condução de motos da categoria A, que não tem limite de cilindrada ou de potência. No domingo quatro centenas de motards, entre amigos de João Reguinga e participantes na iniciativa Moto-Natal Almeirim, organizada pelo Movimento Palco e Mov Almeirim, concentraram-se no local do acidente para uma homenagem tendo sido cumprido um minuto de silêncio em memória de João Reguinga.
João Reguinga era um jovem alegre e divertido e conhecido por ser amigo de toda a gente, como aliás é conhecida a família em Fazendas de Almeirim. Trabalhava na construção civil com o pai e ambos tinham uma relação de companheirismo sendo frequente irem à pesca juntos, por exemplo. O presidente da junta conta a O MIRANTE que se sente na freguesia um sentimento de muita consternação, de pena pelo sucedido, mesmo por parte de pessoas que não conheciam o jovem, mas que estão a sofrer com o desgosto da família que é muito conhecida na localidade.