Sócios contestam presidente do Centro de Assistência Social de Tomar
Um grupo de sócios do Centro de Assistência Social de Tomar lançou um comunicado a criticar a actual gestão da instituição, presidida por Pedro Marques. O dirigente responde dizendo que o comunicado é “vazio de ideias”.
A polémica está instalada no Centro de Assistência Social de Tomar (CAST), também conhecido por Lar de São José. Um grupo de sócios, actuais e antigos dirigentes do CAST, lançou recentemente um comunicado a criticar a gestão da instituição liderada por Pedro Marques, que já foi também presidente da Câmara de Tomar. No comunicado, a que O MIRANTE teve acesso, o grupo de sócios alerta para uma situação complicada da instituição, em termos financeiros e organizacionais, acrescentando que vários funcionários têm abandonado a instituição por se oporem ao actual funcionamento. O presidente do CAST, Pedro Marques, considera que o comunicado tem como intuito denegrir a sua imagem e pôr em causa a sua honestidade.
O documento, assinado por Rui Pascoal, Amílcar Gonçalves, Rui Costa, Armando Lima, António Tavares Martins e Alberto Godinho, alerta para uma situação delicada “quer seja em termos financeiros quer em termos organizacionais” em que se encontra a instituição. O grupo de sócios refere que há nove exercícios que a instituição tem resultados financeiros negativos, ultrapassando um milhão de euros - “o que levou a uma situação preocupante”, sublinham. No que toca aos associados, o comunicado refere que houve uma “total desvalorização” do seu papel na vida da instituição, “à qual nem a cobrança mereceu a devida atenção por parte das últimas direcções”. Também é referido no documento que vários funcionários têm abandonado a instituição, por se oporem a um determinado funcionamento. O grupo termina o comunicado apelando ao surgimento de listas para as próximas eleições, que têm de ser realizadas até ao fim deste ano.
As explicações de Pedro Marques
Pedro Marques, em comunicado enviado para O MIRANTE, considera o documento assinado pelo grupo de sócios, como “vazio de ideias e liderado por um ex-director e um ex-funcionário”, tendo o intuito de denegrir a sua imagem e colocar em causa a sua honestidade. Explica que foi presidente da assembleia geral do CAST de 2011 a 2013 e que por razões inesperadas assumiu, através de acto eleitoral, a presidência da direcção, tendo sido acompanhado por associados que consigo dirigiram a instituição com o intuito de “propiciar a melhor qualidade de vida aos seniores e às crianças”.
Sobre a situação financeira do CAST, Pedro Marques refere que, comparando a actual realidade com a que encontrou em 2014, a instituição tem actualmente dois enfermeiros a tempo inteiro e dois a tempo parcial, um médico, uma nutricionista, um fisioterapeuta e uma psicóloga. “Tudo isto tem custos, mas traz qualidade de vida aos nossos utentes e cumprimos a nossa exigente obrigação, contrariamente ao que se passava anteriormente a 2014”, sublinha. O dirigente menciona ainda o investimento em painéis solares, que diminuiu os custos energéticos e melhorou a eficiência energética, assim como o investimento PRR que levou ao aumento da capacidade da creche.