Machetes | 15-03-2025 21:00

Andree Goubet celebrou um século de vida na cidade que aprendeu a amar

Andree Goubet celebrou um século de vida na cidade que aprendeu a amar
Andree Goubet celebrou o 100º aniversário na sua quinta ecológica rodeada de amigos e família

Paixão por cavalos, touros e fado levou Andree Goubet a mudar-se para Santarém há cerca de 50 anos. Desde então tem dedicado a sua vida à cidade e à protecção dos animais. Comemorou um século de vida numa tertúlia na sua casa com amigos e a participação especial do fadista João Chora acompanhado por Bruno Mira à guitarra portuguesa.

Andree Goubet nasceu em França, mas emigrou para Santarém há cerca de 50 anos, tendo dedicado metade da sua vida à cidade e aos escalabitanos. Na terça-feira, 4 de Março, comemorou um século de vida rodeada de amigos e família, numa tertúlia fadista que contou com a participação especial do fadista João Chora e de Bruno Mira à guitarra portuguesa. Os convidados reuniram-se num anexo na quinta ecológica de Andree. Com mesa posta e guitarras afinadas, Bruno Mira fez soar os primeiros acordes da guitarra portuguesa que, acompanhados pela voz singular de João Chora, cativou a atenção de todos e pôs um sorriso no rosto de Andree, que disse ter viajado alguns anos ao passado.
Com uma grande paixão por cavalos, touros e fado, Andree Goubet apaixonou-se por Santarém e o rio Tejo quando esteve de férias na cidade. Com uma longa carreira como professora universitária de biologia, após a reforma decidiu mudar-se definitivamente para Santarém, onde se dedicou a causas que lhe eram queridas, como a protecção dos animais e das minorias. Com um forte espírito activista, a emigrante francesa não só sobreviveu à 2ª Guerra Mundial, como também vivenciou os tempos da ditadura portuguesa, após se mudar para Portugal nos anos 60. Após o 25 de Abril apoiou os direitos dos trabalhadores e outras causas, tentando sempre engrandecer a cidade que a acolheu e que lhe tem dado tantas alegrias.
Sempre conviveu com pessoas de vários estratos sociais. Ajudou muitas pessoas a encontrar casa para viver, ajudou a financiar a construção do Canil de Santarém e foi uma das primeiras mulheres a entrar no Café Central, que antigamente era só frequentado por homens. “Ela e a amiga Mari Lu ficavam no único hotel que havia cá, o Hotel Central. Um dia decidiram entrar no café e a partir daí incentivaram mais mulheres a fazê-lo”, explicou a O MIRANTE a cuidadora e amiga Ana Paula Félix. Sem familiares por perto, Ana Paula Félix é cuidadora de Andree há mais de uma década. “Tornámo-nos muito próximas. Sempre adorei ouvir as suas histórias incríveis que demonstram a mulher impactante que foi e ainda é. Somos como mãe e filha”, refere com emoção.

Bruno Mira e João Chora animaram a festa de aniversário

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