Machetes | 27-09-2025 15:00

Centro de Interpretação dos Concheiros de Muge valoriza património arqueológico único

Centro de Interpretação dos Concheiros de Muge valoriza património arqueológico único
Autarcas, investigadores e académicos inauguraram espaço que mostra vestígios únicos das primeiras comunidades do Tejo - foto O MIRANTE

O Centro de Interpretação dos Concheiros de Muge foi inaugurado com o objectivo de valorizar e divulgar um património arqueológico único a nível nacional.

O novo Centro de Interpretação dos Concheiros de Muge resulta de mais de uma década de escavações arqueológicas no Cabeço da Amoreira, no concelho de Salvaterra de Magos, conduzidas pela Universidade do Algarve, e pretende funcionar simultaneamente como laboratório de apoio à investigação científica e como centro de divulgação acessível à comunidade.
“Este centro é o culminar de uma estratégia que temos vindo a seguir desde 2014, centrada na valorização do património local através do estudo, da divulgação e da preservação”, afirmou o presidente da Câmara Municipal de Salvaterra de Magos, Hélder Esménio, durante a inauguração do espaço localizado na Casa do Povo de Muge.
Desenvolvido em colaboração com arqueólogos e técnicos da Universidade do Algarve, o projecto inclui uma componente expositiva que recria o quotidiano das comunidades que habitaram a região há cerca de oito mil anos. Entre os conteúdos encontra-se um corte real de um concheiro, com a distribuição das conchas e outros vestígios arqueológicos, e ainda a exposição de um esqueleto humano descoberto nas escavações. O centro apresenta também uma linha cronológica que percorre a história da investigação desde a descoberta dos concheiros por Carlos Ribeiro, em 1863, até à actualidade.
Para os visitantes mais jovens, foi criada uma revista interactiva gratuita, com actividades lúdicas e educativas, pensada para escolas e famílias. Trata-se de um centro simples, acessível, que pretende despertar o interesse das novas gerações pelo património arqueológico e pela história.
Hélder Esménio destacou ainda que o novo espaço integra-se num roteiro turístico e cultural que inclui a falcoaria, os bordados da Glória do Ribatejo, os passeios fluviais no Tejo e o Museu do Concelho. “Não sendo prioridade turística, reconheço que conjugado com outros espaços de visitação no concelho, o centro é mais uma oferta que permite às famílias passar um fim-de-semana em Salvaterra de Magos e conhecer o nosso património natural, histórico e cultural”, afirmou.
Para o autarca a pedra basilar da decisão assentou no retomar de funções da Casa do Povo de Muge, que esteve vários anos parada e sem actividade e, depois disso, aliou-se a ideia de criar um museu ou um centro de interpretação alusivo à temática do mesolítico e dos concheiros. A inauguração decorreu na Casa do Povo de Muge e fez parte da programação da 12.ª edição das Jornadas de Cultura de Salvaterra de Magos.

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