Sociedade | 08-10-2023 15:00

Reabilitação dos paços do concelho de Coruche quase um milhão de euros mais cara

Reabilitação dos paços do concelho de Coruche quase um milhão de euros mais cara
Câmara de Coruche vai ter que recorrer a empréstimo bancário ou encontrar fundos comunitários para avançar com a obra nos paços do concelho

Câmara de Coruche vai ter que recorrer a empréstimo bancário ou encontrar fundos comunitários para avançar com a reabilitação do edifício dos paços do concelho.

Com as alterações ao projecto e o passar do tempo a empreitada, que tinha um investimento inicial previsto de 2,7 milhões de euros, está agora estimada em mais de 3,5 milhões de euros.

A Câmara de Coruche fez alterações ao projecto de reabilitação do edifício dos paços do concelho e incluiu algumas melhorias como a eficiência energética, electricidade e correcção de uma saída de emergência, por exemplo. A informação foi dada pelo presidente do município, o socialista Francisco Oliveira. Com as alterações ao projecto e o passar do tempo a obra, que tinha um investimento inicial de 2,7 milhões de euros, está agora estimada em mais de 3,5 milhões de euros.
Francisco Oliveira explicou que o município vai ter que recorrer a empréstimo bancário ou encontrar fundos comunitários para a obra.”Temos que encontrar financiamento para esta obra porque não temos liquidez suficiente para assumir o custo da obra. Felizmente, a Câmara de Coruche tem uma situação financeira estável que lhe permite uma capacidade de endividamento de sete milhões de euros por ano”, sublinhou o autarca.
O presidente do município mostrou o projecto ao restante executivo municipal em sessão camarária e explicou que só a fachada não vai ser alterada. O interior do edifício vai ser “esventrado” e o pé direito do edifício vai baixar e construírem-se pisos intermédios. O último piso será recuado para não ter impacto na envolvente estética do edifício e vai ser construído um jardim nesse andar. Francisco Oliveira não esconde a preocupação com o actual estado do edifício, que necessita mesmo de uma grande intervenção. A ala oeste do edifício está desocupada devido a infiltrações e ao facto de não reunir condições de utilização.

Primeira adjudicação ficou sem efeito
Em 2019 a Câmara de Coruche rescindiu contrato com a empresa a quem adjudicou a empreitada de remodelação e ampliação do edifício sede do município e abriu novo concurso público. A autarquia não pagou nem recebeu qualquer indemnização da empresa Tecnorém – Engenharia e Construções, S.A., vencedora do primeiro concurso. As obras não chegaram a começar. A empresa alegou não conseguir cumprir o contrato assinado com o município no valor de 2,7 milhões de euros, face ao aumento dos custos com a mão-de-obra e com os materiais.
Já nessa altura Francisco Oliveira, tal como o resto do executivo municipal, defendia a urgência em iniciar as obras pois além dos transtornos já causados com as deslocações dos serviços para outros edifícios na zona histórica de Coruche, o município está a pagar as rendas que têm um custo mensal de cerca de três mil euros.

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