Sociedade | 06-11-2023 07:00

PS com reservas a novas parcerias no Festival de Gastronomia de Santarém

A bancada socialista na Câmara de Santarém não deu a sua bênção ao acordo de cooperação que o município estabeleceu com quatro entidades que vão ter participação activa no Festival Nacional de Gastronomia deste ano.

PS absteve-se na votação da proposta do PSD, seu parceiro na gestão da autarquia, o que não é habitual.

Foi uma abstenção estranha a da bancada do PS na Câmara de Santarém em relação à proposta de parceria entre o município e quatro entidades no âmbito do Festival Nacional de Gastronomia que está a decorrer até domingo, 5 de Novembro. Uma posição estranha porque os socialistas têm um acordo de governação com o PSD para gestão da autarquia que os têm levado a votar favoravelmente a esmagadora maioria das propostas; e também face às justificações debitadas pelo vereador socialista Manuel Afonso, que aludiu também a uma declaração de voto escrita cujo teor não leu na reunião.
A proposta de acordo de parceria até parecia pacífica tendo em conta o propósito do município de envolver entidades da sociedade civil na dinâmica do festival - como são os casos da Associação Comercial, Empresarial e Serviços, Círculo Cultural Scalabitano, Associação dos Municípios Portugueses do Vinho e a Confraria da Gastronomia do Ribatejo -, que pressupõe a criação de um Conselho de Parceiros. Só que os socialistas queixam-se de “falta de informação” e queriam uma discussão mais aprofundada apesar das reuniões havidas com os autarcas do PSD.
Refira-se que os termos do acordo contemplam 19 cláusulas que se estendem por 8 folhas e definem as obrigações de cada entidade, bem como a possibilidade de o município conceder apoios financeiros para actividades que dinamizem no Festival Nacional de Gastronomia. No protocolo está claro que a autarquia é quem assume a coordenação geral da parceria e assegura a organização do festival e toda a componente logística associada à sua preparação, montagem e desmontagem.
No que toca às obrigações das entidades parceiras, o acordo define o que cada um dos parceiros tem que fazer sublinhando-se que lhes compete assegurar as operações de logística que estão inerentes à sua missão, que surgem depois esmiuçadas no protocolo.
Manuel Afonso constatou que “há uma alteração profunda no modelo de organização do festival” e, apesar da extensa informação escrita sobre o acordo, considerou que “as conversas sobre este assunto não foram suficientes” e que, por isso, o PS não podia votar favoravelmente, embora não quisesse também inviabilizar a proposta, até porque se estava em cima de mais uma edição do festival.
O vice-presidente João Leite (PSD) defendeu a sua dama dizendo que é importante aproximar a comunidade do festival e que as forças vivas do concelho se envolvam no festival com intensidade, daí ter desafiado essas entidades para uma parceria que visa trazer novas dinâmicas e novos públicos ao certame. Já o vereador do Chega, Pedro Frazão, não deixou passar em claro a falta de acordo entre PSD e PS: “Se o assunto foi discutido internamente pressupunha-se que se chegasse a bom porto”.

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