Requalificação do cais dos avieiros de VFX à espera de alargamento da linha de comboio

Local onde os pescadores de Vila Franca de Xira guardam as artes de pesca há muito que aguarda por uma requalificação, situação que tem motivado queixas de autarcas. Presidente da câmara diz que alargamento da Linha do Norte pode ser oportunidade.
A duplicação da Linha do Norte em Vila Franca de Xira, que prevê uma intervenção mais vasta nos antigos terrenos do Vassalo à beira Tejo, pode vir a ser a chave para requalificar a zona do cais dos avieiros da cidade e da zona dos arrumos das artes de pesca, que há uma década aguardam por obras que lhes dêem maior dignidade.
A novidade foi avançada na última semana pelo presidente do município, Fernando Paulo Ferreira, que diz esperar que esta venha a ser a oportunidade de apresentar um projecto integrado que permita a continuidade do passeio ribeirinho para norte. “Aguardamos a decisão final da Infraestruturas de Portugal sobre o projecto de remodelação e alargamento da Linha do Norte para avançarmos com o processo de requalificação dos arrumos dos avieiros. Queremos que seja um projecto que permita dar uma continuidade ao passeio ribeirinho para norte”, explica o autarca.
A expectativa de Fernando Paulo Ferreira é poder vir a requalificar a frente ribeirinha de VFX, na zona dos avieiros, à semelhança do que foi feito com a zona dos avieiros na Póvoa de Santa Iria, onde foram colocados novos espaços de arrumos para as artes de pesca. Segundo o autarca, o projecto da IP para a linha de comboio – e que incluirá no projecto uma nova utilização como estacionamento para os terrenos do antigo Vassalo -, poderá vir a ser a chave para requalificar a zona.
Na última reunião de câmara, também o vereador Barreira Soares, do Chega, lamentou o estado “lastimável” de toda a zona onde os avieiros guardam as artes de pesca, com a vegetação a crescer sem controlo e sem ser cortada há meses. Em várias reuniões de câmara, a gestão socialista foi várias vezes confrontada com críticas por parte da oposição CDU e Chega devido ao arrastar de uma solução para a requalificação do local.
O cais é pequeno, as arrecadações provisórias construídas há década e meia tornaram-se definitivas, estão estragadas e são exíguas, e os pontões têm a madeira podre e a desfazer-se em alguns locais. Não há espaço para guardar as redes, nem contentores do lixo e o mato raramente é cortado. Quem vive do sustento dado pelo rio há muito deu a conhecer a O MIRANTE a sua indignação de ter de trabalhar num espaço que precisa de mais atenção e um novo olhar por parte do município.