Passagem superior pedonal do Forte da Casa precisa de vigilância
A passagem superior pedonal do Forte da Casa tem um dos dois elevadores avariado. A estrutura é palco de convívios nocturnos que resultam em barulho, lixo e vandalismo. Pedro Roque reside junto à estrutura e defende mais policiamento.
A passagem superior pedonal do Forte da Casa, que liga o parque urbano da vila à zona ribeirinha, continua a ter uma imagem de degradação e a ser alvo de vandalismo. Um dos dois elevadores está avariado. Quem utiliza a passagem encontra dejectos de cães, garrafas de cerveja nas escadas de acesso, paredes pintadas e sujidade. A passagem pedonal entrou em funcionamento em Janeiro de 2016 e a ideia era encerrar às 00h00. Mas isso nunca aconteceu. Apesar de o horário ter estado afixado na estrutura durante anos, a passagem esteve sempre aberta dia e noite.
Os actos de vandalismo começaram assim que a passagem abriu. Pedro Roque, 73 anos, é testemunha de algumas das situações. Mora há 40 anos no Forte da Casa e a janela da sua casa dá para a estrutura. A O MIRANTE relata que durante a madrugada, principalmente aos fins-de-semana, os jovens concentram-se no local para cantar, beber, fumar e acabam por deixar o lixo. A Câmara de Vila Franca de Xira colocou câmaras de videovigilância nas escadas de acesso à passagem e nas entradas. O objectivo era dissuadir as pessoas de vandalizar o património, mas sem efeito prático. “A única forma de acabar com o vandalismo é fechar a ponte durante a noite ou a Polícia de Segurança Pública (PSP) fazer patrulha a pé”, defende o morador.
No dia-a-dia a passagem é muito frequentada por quem faz exercício uma vez que é um elo de ligação ao passeio ribeirinho. A passagem pedonal do Forte da Casa é uma complexa obra de engenharia, feita em tabuleiros de betão pré-fabricados e que custou 1,3 milhões euros. Tem dois elevadores e atravessa a movimentada Estrada Nacional 10 e a linha do norte da CP. Em 2016 a Câmara Municipal de Vila Franca de Xira já tinha pedido à PSP para reforçar o patrulhamento naquela estrutura. A autarquia lamenta os milhares de euros que já gastou na reparação e manutenção dos dois elevadores.