Utentes da saúde apelam a autarca de Abrantes para usar "peso político" junto do Governo

A Comissão de Utentes dos Serviços Públicos do Concelho de Abrantes pede a Manuel Valamatos que use o seu "peso político" junto do Governo para tentar resolver problemas da saúde e sociais.
A Comissão de Utentes dos Serviços Públicos do Concelho de Abrantes (CUSPCA) pediu ao presidente da Câmara de Abrantes, Manuel Valamatos (PS), para que use o seu "peso político" junto do Governo para tentar resolver problemas da saúde e sociais.
“Nós levávamos, essencialmente, três temas à reunião com presidente da câmara, sendo questões relacionadas com a saúde, as portagens na Autoestrada 23 e a acção social”, disse à Lusa Manuel José Soares, porta-voz da CUSPCA e também da Comissão de Utentes da Saúde do Médio Tejo (CUSMT), sublinhando o apelo feito ao uso do “peso político” e “tomada pública de posição” de Manuel Valamatos para tentar desbloquear a resolução de alguns problemas sobre os temas abordados.
“Uma questão premente que salientámos e que achamos que também deve ser tomada posição pública, e acompanhado aquilo que a comissão de utentes tem feito, é de exigir, de uma vez por todas, que o Governo coloque uma assinatura na portaria de extensão de encargos financeiros, relativamente à urgência do Hospital de Abrantes, onde funciona a urgência médico-cirúrgica”, afirmou o dirigente.
Manuel Soares lembrou que a Comissão de Utentes já tomou “várias vezes posição” e que o vai continuar a fazer, tendo defendido que, neste caso, “a autarquia de Abrantes deveria fazer o mesmo” e utilizar o seu “peso político” para ultrapassar o problema.
Segundo o dirigente da CUSMT, as obras na Urgência do Hospital de Abrantes, “prometidas e necessárias há anos e anos", têm projecto, financiamento, concurso feito e empresa escolhida para fazer a obra, mas apenas falta a assinatura de um membro do Governo numa portaria de extensão para que se concretize a adjudicação e o consequente início das obras” no hospital, ligado ao Centro Hospitalar do Médio Tejo (CHMT), que agrega ainda as unidades hospitalares de Tomar e Torres Novas.
Ainda ao nível da saúde e da maternidade do Hospital de Abrantes, Manuel Soares disse ter defendido na reunião a “necessidade de a Câmara Municipal e Assembleia Municipal retomarem a posição sobre a nova rede de maternidades e urgências obstétricas”, tendo afirmado que, “pelo impacto social, na coesão territorial e até pela qualidade do emprego”, que esse serviço se “deve manter aberto 24 horas por dia, 365 dias por ano” em Abrantes.
Ao nível das portagens na A23, via que faz a ligação directa entre as três unidades hospitalares do CHMT, que os utentes querem ver “abolidas”, o representante da CUSPCA disse que estão “recolhidas mais de 11.000 assinaturas” num abaixo-assinado que está a circular, número que “corresponde à maior e à mais significativa iniciativa lançada pelos utentes a nível nacional, com caráter reivindicativo”, tendo-se congratulado com a aprovação em Abrantes, “pelo menos, do princípio da abolição das portagens”, numa via à qual “não há alternativa” de circulação.