Divulgação | 17-08-2022 19:42

<strong>Futuro da energia passa pelo mar</strong>

<strong>Futuro da energia passa pelo mar</strong>

A energia dos oceanos, que consiste na energia elétrica gerada através da força das águas do mar, poderá ser a solução para a atual crise energética. A energia dos oceanos começa a ser cada vez mais entendida como uma estratégia para a transição energética. No ano passado, a Comissão Europeia disse que para a rota…

A energia dos oceanos, que consiste na energia elétrica gerada através da força das águas do mar, poderá ser a solução para a atual crise energética. A energia dos oceanos começa a ser cada vez mais entendida como uma estratégia para a transição energética. No ano passado, a Comissão Europeia disse que para a rota de descarbonização da União Europeia até 2050 serão necessários, pelo menos, 300 gigawatts de uma nova capacidade de energia renovável convencional e 40 gigawatts de energia oceânica.

As projeções da Wind Europe apontam para que Portugal possa vir a ter 9 gigawatts de capacidade instalada num parque eólico flutuante até 2050 (quase o dobro da capacidade de energia eólica onshore atual).

A área energética e o seu desenvolvimento são similares (em alguns parâmetros) com outros domínios económicos, em que se incluem o turismo, o lazer e o jogo. À semelhança das energias renováveis, em que o progresso é permanente, a economia digital está em pleno crescimento. A área do jogo online, em que se incluem empresas como a Bwin Bonus, beneficia também de um momento auspicioso.

Por outro lado, a ideia de utilizar recursos naturais para satisfazer as necessidades de energia sem comprometer o futuro tem servido de mote para diversos debates. Recentemente, o ministro da Economia e do Mar, António Costa Silva, revelou, em declarações à RTP, que considera que a energia eólica offshore “pode ser um dos grandes recursos que o mar vai proporcionar para o futuro”. O responsável disse acreditar que a “energia eólica offshore vai marcar a transformação da matriz energética mundial” e frisou que Portugal tem um “potencial imenso”. Mas as preocupações não são apenas de António Costa Silva. Há cerca de duas semanas, na abertura da Conferência dos Oceanos das Nações Unidas, em Lisboa, o presidente executivo da EDP relembrou que a Europa tem sido líder na transição energética, um caminho que considera urgente continuar para aumentar a produção de energia através de fontes verdes, com vista a alcançar a neutralidade zero. Ou seja, o mar pode vir a assumir um papel de destaque nesse objetivo, uma vez que, como relembrou o líder da EDP, o oceano cobre 71% da superfície do planeta. “Temos que começar a aproveitar o potencial do oceano. O mundo está em transformação e não há dúvida que temos de ser mais céleres. Temos que quintuplicar o investimento em energia eólica offshore”, disse, citado pelo Dinheiro Vivo. Neste sentido, a EDP anunciou que vai investir 1,5 mil milhões de euros em energia eólica offshore através da Ocean Winds, que pode representar até 17 gigawatts (GW) de capacidade renovável no mar. Portugal não está incluído neste investimento que deverá durar até 2025.

A nível internacional, o Japão também já anunciou que concluiu, de forma bem sucedida, a fase de testes (de três anos e meio) de uma super turbina tida como boa alternativa para transformar a produção de energia no Japão e no resto do mundo. A informação, avançada pela BBC, refere que o projeto, batizado de Kairyu, é pioneiro ao utilizar as correntes marinhas para gerar energia, “uma das fontes naturais mais poderosas e menos usadas atualmente”. As correntes marítimas seguem um fluxo constante de forma quase permanente, sendo que o país asiático lhe chama de fonte verdadeiramente “inesgotável”. Neste projeto, o gerador foi capaz de produzir consistentemente 100 quilowatts de energia durante os anos de testagem. “A ideia é estender o Kairyu para o transformar numa estrutura gigantesca de 330 toneladas, que gerará dois megawatts de energia”, pode ler-se. O projeto deverá estar operacional até 2030.

O primeiro passo já foi dado e tudo indica que, efetivamente, o futuro da energia passará pelo mar. Porém, o uso das energias ainda não possui uma eficácia plena, sobretudo pela falta de políticas adequadas para a sua implantação em determinadas zonas.

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