O Grupo JJ Louro, com sede em Amiais de Cima, Santarém, está a projectar a construção, em 2010, de uma nova unidade industrial de estofos para sofás, que poderá criar até 300 postos de trabalho.Este projecto, ainda sem local definido, é justificado pelo administrador e fundador do grupo, Joaquim José Louro, pela "necessidade cada vez mais sentida pela empresa para fazer face à quantidade de encomendas" que tem recebido nos últimos meses.Joaquim Louro, distinguido com o Prémio O MIRANTE pela sua vida empresarial e condecorado recentemente pelo Presidente da República, disse que "as crises não são más para todos" e que, este ano, o Grupo JJ Louro já criou cerca de 30 postos de trabalho, prevendo criar mais 30 a 40 até ao final do ano."Já fomos buscar estofadores ao Porto e a Paços de Ferreira e estamos a pensar ir buscar mais. Estamos também a formar pessoas aqui da região e, assim, estamos também a criar já a estrutura para nova unidade industrial que queremos", afirmou o empresário.Para além dos investimentos futuros previstos, o grupo está a lançar no mercado uma nova linha de mobiliário a preços mais acessíveis, em melamina. Uma aposta que significou um investimento situado entre os quatro e os cinco milhões de euros numa nova unidade fabril e em equipamentos, realizados maioritariamente em 2008."Passámos a fabricar um tipo de produto mais barato, mais competitivo, e que é só habitualmente oferecido pelas grandes superfícies como o Ikea, a Moviflor ou a Conforama, que importam esse mobiliário dos países asiáticos", disse Ricardo Pereira, director de marketing do Grupo.Segundo Joaquim Louro, o objectivo é fazer chegar esta nova linha a clientes mais pequenos, sobretudo em Portugal e Espanha, e assim ganhar mercado a outros fornecedores internacionais.Este empresário começou a sua actividade há mais de 30 anos, a vender arcas para enxovais e hoje é o maior empregador do distrito de Santarém com 1.200 trabalhadores distribuídos por um grupo de seis empresas que se estende às áreas do mobiliário, dos sofás, dos colchões, da construção civil e obras públicas e ainda da gestão imobiliária e da compra e venda de imóveis.A empresa Lusocolchão exporta cerca de 95 por cento da sua produção de colchões para Espanha e para os Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP).Na área do mobiliário e dos sofás, o grupo exporta entre cinco a dez por cento.Em 2008, teve um volume de negócios de aproximadamente 65 milhões de euros.Por dia, o grupo fabrica cerca de 2000 colchões, 130 conjuntos de sofás e cerca de 200 quartos e salas.