Etelvina Gaudêncio, directora técnica e contabilista certificada da Scalconta - Centro Scalabitano de Contabilidade, diz que a partir de 16 de Março os telefones da empresa não pararam de tocar. “Muitos dos nossos clientes, micro empresas na sua maioria, foram obrigados a encerrar a sua laboração e precisaram da nossa ajuda para os procedimentos do lay-off simplificado”.

A empresa, ela própria, teve que se ajustar à nova situação. Algumas colaboradoras, com filhos pequenos e em idade escolar, passaram a trabalhar a partir de casa.

Com muitas empresas impedidas de laborar, devido a novas restrições, o trabalho aumentou. A saída de 150 diplomas legais em apenas 45 dias diz muito sobre as dificuldades que a Scalconta foi ultrapassando, com o apoio da Ordem dos Contabilistas Certificados. As novas limitações impostas a nível sanitário também exigiram outra reformulação da forma de trabalhar dos oito funcionários da Scalconta.

Passou a ser o gerente, Félix Faria, a ir aos clientes recolher os documentos e os mesmos ficam a aguardar pelo menos dois dias antes de poderem ser manuseados. As compras de consumíveis continuam com normalidade a chegar à empresa.

Actualmente estão na Scalconta quatro a cinco pessoas de forma permanente, nos horários habituais, mas de porta fechada. O álcool gel e o desinfectante de superfícies é indispensável. Para atender algum cliente presencialmente ou falar perto com colegas são usadas máscaras e viseiras e são oferecidas máscaras aos clientes que se deslocam às instalações. A maior parte das reuniões tem vindo a ser feita por Skype, WhatsApp e Zoom.

A directora técnica refere que está a preparar algumas pequenas sessões de Coaching Motivacional que pretende, de forma gratuita, agendar com os clientes e seus colaboradores, por vídeo e aproveita para deixar uma mensagem pública a colaboradores e clientes.

“Agradecemos aos nossos colaboradores por se manterem firmes a laborar com todos os cuidados. Agradecemos aos nossos clientes a sua coragem, sentindo que após tantas horas de telefone e reuniões por sistemas de vídeo, embora confinados, estamos hoje mais próximos”.