O presidente da comissão executiva da Nersant defende que esta é a oportunidade ideal para mudar de rotinas para quem está a tentar reinventar o seu negócio. António Campos abriu a sessão online, realizada a 19 de Junho, com um conjunto de boas práticas para ajudar as empresas a adaptarem-se e a reinventarem-se. O dirigente apontou como caminhos fortalecer a motivação dos colaboradores, ajudar a integrar as equipas e tornar a rotina empresarial mais agradável.
“Deve ser incentivado o pensar fora da caixa, estimular os elementos da organização ou da empresa a pensar de forma diferente e ampliar a visão empresarial”, adiantou, acrescentando ser muito importante “sermos capazes de criar cenários de antecipação do futuro”.

António Campos defende que actualmente muitos gestores apostam nesta abordagem que permite antecipar as mudanças previsíveis para o futuro. O dirigente da Nersant considera ser necessário todos estarem preparados para enfrentar a mudança. “A evolução é fundamental e para que aconteça é necessário haver mudança”, sublinha.

O consultor Marco Alves, sócio fundador da Racios, foi o orador convidado das sessões online, realizadas a 16 e 19 de Junho, intituladas “Apoio na retoma da actividade – adaptar e reinventar”. Falou da importância de conjugar a inovação com a vertente financeira de modo a inovar de forma estruturada permitindo às empresas continuar a laborar sem perder liquidez e com capacidade de gerir a dívida.

O gestor alerta para se ter cuidado com o que se aposta quando se inova deixando várias recomendações sobre inovação responsável. “Mesmo que se possa obter um ganho transformacional nada é suficientemente interessante se puser em causa a viabilidade da empresa. Cuidado com os investimentos em activos não produtivos, como por exemplo numa super-sede”, adverte.

No actual contexto da pandemia verificam-se várias tendências que estão a ser aceleradas e que apresentam grande potencial para a inovação, afirma o especialista. Aponta como exemplos o teletrabalho, a telemedicina e o ensino à distância assim como o desenvolvimento do e-commerce e dos serviços de entregas ao domicílio ou a automação da produção, assim como a mobilidade eléctrica.
“Estamos perante um enorme campo de inovação para operar”, afirma Marco Alves acrescentando que o problema está na geração de ideias. “A diferenciação é o caminho e para isso é preciso gerar ideias”, afirma.