Aby Thomas - Prestação de Serviços Agrícolas tem trezentos trabalhadores ao serviço

Objectivo é dar formação para que possam executar trabalhos mais especializados.
Aby Thomas, de 27 anos, natural de Kerala, no extremo sudoeste da Índia, veio para Lisboa em 2017, depois de ter concluído os estudos superiores em Economia. As expectativas de trabalhar na sua área de formação não se concretizaram e, em Santarém, onde ficou a residir, acabou por ter que trabalhar no campo.
O ano passado, depois de ter passado por duas empresas e ter ficado sem trabalho, fundou a Aby Thomas - Prestação de Serviços Agrícolas, primeiro como actividade em nome individual e, desde Julho do mesmo ano, como sociedade unipessoal.
Com escritório na Avenida Marquês de Pombal, 66 B, em São Domingos, Santarém, presta essencialmente serviços agrícolas, nomeadamente de mão-de-obra. Não pretende diversificar a sua área mas sim melhorar o serviço que presta, num ramo que conhece bem. A recente contratação de uma engenheira agrónoma reforçou a garantia de qualidade que pretende assegurar em todos os momentos do processo.
Nesta altura tem cerca de trezentos trabalhadores a prestar serviços nos campos do Ribatejo e em outras regiões de Portugal continental, todos com contrato. O número vai variando consoante as necessidades dos agricultores e empresas agrícolas, que representam a maior parte dos clientes a quem agradece a confiança que depositam em si.
O jovem empresário diz que o ideal será conseguir manter uma boa base de trabalhadores a quem possa ser dada formação para poderem executar trabalhos mais especializados. Deseja que as pessoas que contrata possam ser vistas como tantos portugueses que trabalham pelo mundo fora e que a cultura da Índia possa ser melhor compreendida.
Em relação à cultura portuguesa diz-se adaptado mas confessa que encontrou na língua e no conhecimento da legislação as maiores dificuldades. O facto de ter vivido temporariamente noutros países antes de Portugal foi importante.
Gostava que a agricultura fosse mais valorizada, a carga fiscal diminuísse e que os trabalhadores que prestam serviço no sector fossem mais valorizados. Deseja que, ao fazer o balanço da sua actividade se possa afirmar que o crescimento foi feito de forma consistente e honesta e que sejam esses os parâmetros pelos quais seja reconhecido.