Economia | 04-05-2021 17:23

Sobre o regresso dos artistas às salas de espectáculos no pós-pandemia

Sobre o regresso dos artistas às salas de espectáculos no pós-pandemia
DIVULGAÇÃO

A pandemia tirou-nos muitas coisas: a liberdade de movimentos, a possibilidade de abraçar os nossos entes queridos, os almoços e jantares com amigos ao fim de semana, as idas a concertos lotados e os serões passados no escuro do cinema.

Uma maior disponibilidade de tempo levou-nos a explorar novas alternativas de entretenimento, com as redes sociais a tornarem-se nas nossas grandes companheiras do dia a dia (uma espécie de fio que nos liga ao mundo) e os jogos virtuais - dedicados aos mais variados temas- a serem procurados por cada vez mais internautas. Este crescimento da procura ditou, como seria de esperar, o aperfeiçoamento e a diversificação da oferta: os jogos de carros, de motas, de desporto, de xadrez e os casinos online, como o Frank Casino, oferecem cada vez melhores bónus e efeitos gráficos avançados, capazes de atrair uma grande diversidade de jogadores. Mas, se é verdade que estes jogos conquistam cada vez mais público, muitos eram os espectadores que contavam os minutos e segundos para a reabertura dos espaços culturais. Prova disso é o facto de, em junho de 2020 - após os primeiros meses de confinamento - terem esgotado, em pouco tempo, os bilhetes para as 2 sessões da peça By Heart, exibida no Teatro D. Maria.

Em junho de 2020, o Coliseu do Porto abriu as suas portas para receber 1500 visitantes após 3 meses de encerramento - o espaço tem capacidade para 4000 espectadores, porém, de forma a garantir as medidas de segurança adequadas, a lotação foi reduzida a mais de metade.

Lamentavelmente, como todos sabemos, a área cultural foi uma das que mais sofreu com a pandemia: as salas de espectáculo - forçosamente encerradas- estiveram encerradas durante largos meses, causando sérios prejuízos para o sector e para todos aqueles que dele dependem. Desse modo, foi com alegria que, no dia 19 de abril, artistas, encenadores, empresários do cinema e público assistiram à reabertura dos espaços culturais e do cinema, findos 3 longos meses de encerramento que, relembramos, se têm repetido desde Março do ano anterior.

Esta abertura coincide com a terceira fase, de um total de quatro, do plano de desconfinamento definido pelo governo. Note-se, ainda assim, que as fases de desconfinamento não são iguais para todos os concelhos do país e que alguns deles mantêm as suas salas de espectáculo fechadas. Garantem os especialistas que esta retoma será feita dentro dos limites de segurança definidos pelas autoridades sanitárias e que os espaços foram preparados para garantir a distância de segurança entre espectadores. Mas, além da preparação dos espaços, foi também garantida a preparação dos próprios trabalhadores e colaboradores dos espaços culturais e cinemas, através de formação específica.

As infraestruturas foram também adaptadas para garantir a protecção de todos, já que muitos locais instalaram, por exemplo, protecções de acrílico para garantir a criação de uma barreira física entre os espectadores e, dessa maneira, garantir uma redução do risco de contágio. As salas de cinema e de espectáculos foram também dotadas de sinalização, com o objectivo de indicar aos espectadores exactamente onde se devem dirigir.

Além destas medidas, será, evidentemente, obrigatória a utilização de máscara pelos espectadores até ao fim da sessão. Findo cada espectáculo, ou terminada a sessão de cinema, os espaços serão desinfectados e higienizados. Todas estas medidas visam garantir aos espectadores uma segurança acrescida, promovendo a sua ida ao cinema e às salas de espectáculos sem medos ou receios.

E, de facto, analisados os dados facultados pelo Instituto de Cinema e do Audiovisual (ICA), muitos foram os espectadores que, no primeiro dia de reabertura (19 de abril), foram matar saudades de uma sessão de cinema: 4761 espectadores foram a uma das 333 salas de cinemas do país ver um filme, gerando receitas de bilheteira de 27 mil euros para aquele dia. O país possui 561 salas de cinema, porém, como referido anteriormente, nem todas elas se encontram em funcionamento de momento. Retomada, com as devidas precauções, a atividade cultural, o verão de 2021 parece prometedor para os amantes de cultura e cinema!

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