Economia | 05-05-2021 15:00

Agrupamento de Escolas José Relvas recebe alunos do Secundário de forma diferente

Agrupamento de Escolas José Relvas recebe alunos do Secundário de forma diferente
ECONOMIA
Agrupamento de Escolas José Relvas, em Alpiarça, organizou um dia diferente no regresso às aulas do alunos do Secundário

Alunos passaram o dia de aulas sem aulas mas com actividades que permitiram perceber os anseios e preocupações perante o período pandémico que se vive.

O regresso dos alunos do secundário às aulas presenciais na Escola José Relvas em Alpiarça foi diferente, com os alunos a passarem o dia sem material escolar e a cumprirem o horário com os professores em momentos de reflexão, jogos e muitas conversas. O Agrupamento de Escolas José Relvas já tinha tido a mesma iniciativa aquando do retomar das aulas dos segundo e terceiro ciclos, após o segundo confinamento, numa acção de promoção do bem-estar físico e psicológico dos alunos e com actividades enriquecidas e adaptadas à realidade vivenciada por todos, falando-se de escola numa perspectiva abrangente.

Nas salas de aula os professores apresentaram aos alunos uma lista para despiste de sinais de ansiedade elaborada pelas psicólogas para que, cada um, conseguisse verificar o seu estado emocional. “Um dos exercícios passou pelos alunos escreverem anonimamente os pensamentos/sentimentos negativos que os afectaram durante o confinamento”, explica o agrupamento. Todas as turmas tiveram um momento de reflexão conjunta sobre o bem-estar emocional e momentos de prática de meditação (Mindfulness), dinamizadas pelas várias Psicólogas/Educadoras Sociais e caminhadas pela zona da barragem dos Patudos, orientadas pelos professores de Educação Física.

O dia de aulas terminou com a directora, Isabel Silva, a ler os pensamentos/sentimentos negativos, que foram queimados, de forma simbólica, no pátio da escola, com a colaboração dos professores e elementos do Gabinete de Apoio ao Aluno. A directora considerou que este dia foi bastante positivo, porque permitiu aos alunos reencontrarem-se com os colegas e professores de forma mais descontraída e sem pressão, “pois são os adolescentes quem mais sofre com este isolamento”, salientam.

Ao ler as preocupações, a diretora apercebeu-se do estado emocional e dos anseios dos alunos. “O ensino online, o isolamento, a falta de sociabilização, problemas familiares, tristeza, irritabilidade, excesso ou falta de peso, saudades dos familiares, amigos e professores, o medo em contrair a doença (muitos referiram-se aos avós), o impedimento de namorar, conviver e sair com os amigos, a pressão da realização de exames nacionais, o receio de não conseguirem boas notas, a incerteza no futuro e alguns casos mais depressivos são os aspectos a que a escola tem de estar atenta”, concluiu-se.

Isabel Silva referiu que “não vamos mudar a vida dos alunos num dia mas levá-los a sentir que a escola se preocupa com eles e com o seu bem-estar será uma forma de os incentivar e motivar no presente e para o futuro, ainda tão incerto para todos nós. Só de pensar que este dia pôde ter feito a diferença na vida de alguém faz-nos acreditar que não foi um dia perdido, mas sim um dia ganho pois se os alunos não estiverem bem não vão conseguir aprender”.

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