Oitenta por cento das empresas é contra o Teletrabalho Obrigatório
A esmagadora maioria das empresas não concorda com o teletrabalho obrigatório e imposto pela lei.
A esmagadora maioria das empresas não concorda com o teletrabalho obrigatório e imposto pela lei, embora o aceite, desde que negociado e acordado entre empresas e trabalhadores, mas 15% rejeita-o totalmente.
Esta é uma das conclusões do inquérito da AIP, que decorreu na última semana de Abril e que teve 1.632 respostas. Outra das conclusões é que 87% das empresas recusam qualquer aumento de impostos para financiar o impacto que a pandemia está a provocar nas contas públicas. 13% acham que a existir esse esforço fiscal ele deveria recair nas grandes empresas digitais.
A manutenção das moratórias, apoio à retoma progressiva e prorrogação do pagamento de impostos continua a merecer a exigência de 78%, 97% e 77% das empresas nacionais. Para a AIP isso demonstra que o tecido empresarial ainda não saiu da fase de resiliência.
“Neste momento é escasso o apoio financeiro às empresas. As poucas linhas existentes têm taxas de reprovação e/ou não decisão muito elevadas. As linhas de apoio ao investimento que entretanto foram tomadas continuam com reduzidas taxas de aprovação (caso da + CO3SO) ou ainda não tem qualquer despacho ou decisão (PAPN)”, é referido por aquela associação.
Para a AIP, mais preocupante é o que se passa com o CRHAQ, para contratação de licenciados, mestrados ou doutorados, onde só 54% das empresas tiveram candidaturas aprovadas. “A contratação de trabalhadores altamente qualificados não está a ter os níveis de aprovação esperados. Há POR (Programas Operacionais Regionais) onde a taxa de aprovação é de apenas 11%. É elevado o número de empresas que não despediram (87%), o emprego continua assim congelado devido aos condicionamentos de que tem beneficiado ao apoio à retoma progressiva”.