Economia | 22-11-2021 14:10

Ministro garante que não vai haver problemas sociais para trabalhadores da Central do Pego

João Matos Fernandes diz que Governo está a “cuidar” dos trabalhadores e mostrou-se confiante de que estes serão integrados em novos projectos.

O ministro do Ambiente assegurou que não vai haver problemas sociais para os trabalhadores com o fim da central a carvão do Pego e mostrou-se confiante de que estes serão integrados em novos projectos. Em entrevista à RTP3, João Pedro Matos Fernandes considerou “muito relevante” o dia 19 de Novembro, que marcou o fim da utilização de carvão para produção de electricidade em Portugal, e destacou que o Governo está a “cuidar” dos trabalhadores e dos projectos alternativos que se perspectivam para este ponto de ligação à rede eléctrica.

“Não vai haver nenhum problema social, porque soubemos com tempo o que ia acontecer e estamos mais do que preparados. Percebo a preocupação dos trabalhadores, mas vai mesmo correr bem. E vai correr em três dimensões: no apoio social; no concurso para aquele local, que é um ponto de ligação com uma dimensão enorme e em que até 17 de Janeiro as propostas serão conhecidas; (…) e o fundo para a transição justa”, explicou.

Nesse sentido, o ministro do Ambiente e da Ação Climática notou que “as pessoas não foram ainda despedidas” e assinalou que o concurso em curso tem como factor de preferência a manutenção do maior número de postos de trabalho. “É um estímulo”, disse, continuando: “Os trabalhadores fazem parte do requisito primeiro, que é o de atribuição daquele ponto de ligação à rede. Quem tiver a melhor proposta vai ganhar, vai ficar com uma parcela muito significativa destes trabalhadores, mas vai também, muito provavelmente, criar novos postos de trabalho”.

Sublinhando que Portugal já produz 60% da sua electricidade a partir de energias renováveis (os outros 40% provêm de gás e biomassa) e que estas “são geradoras de emprego”, o governante vincou o objectivo de 80% da produção até 2030. “Essa é a nossa meta, mas dizem as entidades independentes que auditam estas matérias que até dizem que vai ser antes e, muito provavelmente, já em 2025 vamos chegar a esses 80%”, salientou João Pedro Matos Fernandes, acrescentando: “Portugal não fica mais dependente do exterior [para a produção de electricidade]”.

Finalmente, Matos Fernandes rejeitou impactos no custo da electricidade para a população: “Quanto mais electricidade renovável utilizarmos, mais barata será a electricidade. O preço da electricidade no próximo ano vai baixar para os portugueses”.

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