Economia | 14-11-2022 12:00

Médio Tejo quer sangue novo para dinamizar território

Médio Tejo quer sangue novo para dinamizar território
Os presidentes da Câmara de Tomar e Ourém, Anabela Freitas e Luís Albuquerque com o representante da CCDR, Jorge Brandão e os secretários de Estado, Jorge Cafôfo e Isabel Ferreira

Encontros da Diáspora Nacional, que vão decorrer em Fátima, em Dezembro são oportunidade de negócio e vão permitir aos participantes conhecerem melhor região do Médio Tejo.

Os Encontros da Diáspora Nacional são de extrema importância para todos os 13 municípios do Médio Tejo e vão permitir criar um ambiente de negócios e investimentos, além de ajudar a internacionalizar as empresas da região. “Quando entra sangue novo o território avança”, afirmou a presidente da Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo, Anabela Freitas, também presidente da Câmara de Tomar, durante a apresentação do Programa Nacional de Apoio ao Investimento da Diáspora (PNAID) que decorreu na tarde de 2 de Novembro. O evento vai decorrer no Centro Paulo VI, em Fátima, entre 15 e 17 de Dezembro depois de ter sido adiado duas vezes devido à pandemia de Covid-19.
Na sessão de apresentação estiveram presentes, além do presidente da Câmara de Ourém, Luís Albuquerque, o secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, Paulo Cafôfo, a secretária de Estado do Desenvolvimento Regional, Isabel Ferreira, e o representante da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) Centro, Jorge Brandão. Todos destacaram a importância dos portugueses que vivem fora do país e criaram empresas no estrangeiro. “O território de Ourém está historicamente ligado à emigração e somos um concelho que muito deve à sua diáspora, que colabora orgulhosamente com todos os empresários que continuam a apostar no concelho de Ourém mesmo residindo a milhares de quilómetros de distância”, afirmou Luís Albuquerque, acrescentando que nas últimas décadas o sucesso da diáspora oureense teve repercussões no desenvolvimento do concelho, “graças à acção desses investidores”.
Anabela Freitas sublinha que estes encontros vão permitir promover e manter laços com os emigrantes portugueses que criaram investimento onde vivem. A autarca refere que vai também permitir criar um ambiente de negócio, tanto para as empresas portuguesas, ajudando-as a internacionalizarem-se, e, ao mesmo tempo, dar a conhecer o território como uma oportunidade de investimento. “A região do Médio Tejo é um território muito rico por isso durante os encontros estão previstas visitas culturais aos 13 municípios que integram o Médio Tejo, para que cada um dos participantes possa também descobrir-nos e equacione a região para viver, passar férias ou investir os seus negócios”, destaca.
Até agora estão 211 inscrições confirmadas mas a organização espera cerca de 700 participantes durante os três dias em que vai decorrer o certame. Depois de dois anos de adiamento, devido à pandemia de Covid-19, o encontro vai finalmente acontecer em Fátima, onde não faltará, segundo a secretária de Estado do Desenvolvimento Regional, o potencial que a Diáspora portuguesa representa para o país, sendo uma “oportunidade única” de captação dos seus investimentos.

Diáspora com projectos de investimento de 110 milhões de euros

O secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, Paulo Cafôfo, afirmou que existem 118 projectos no valor potencial de 110 milhões de euros, apresentados pela Diáspora para investimento em Portugal. O governante, que interveio na sessão de apresentação do programa da PNAID, destacou a importância dos emigrantes portugueses, cujas remessas representam 1,7% do Produto Interno Bruto do país, num valor global superior a 3 milhões de euros. “Estas pessoas saíram de Portugal, mas Portugal nunca saiu delas. O Governo quer potenciar este afecto, que pode contribuir para desenvolver o país”, acrescentou.
A secretária de Estado do Desenvolvimento Regional, Isabel Ferreira, disse que o Governo pensou neste PNAID em três eixos fundamentais: apoio ao investimento empreendedor e empresarial, apoio à criação de emprego e apoio ao incentivo à mobilidade. “Estes três factores têm de existir de forma articulada e simultânea porque para termos a nossa diáspora de regresso a Portugal precisamos de estimular o investimento, de criar emprego e naturalmente de apoiar essa mobilidade geográfica para o nosso país”, salientou.

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